MP monta força-tarefa para concluir caso Marielle Franco e Anderson
Vereadora do PSol e o motorista foram assassinados em março de 2018. Crime completa três anos no próximo dia 14
atualizado
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Rio de Janeiro – O Ministério Público do Rio criou uma força-tarefa para continuar as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. O anúncio foi feito pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, nesta quinta-feira (4/3). A promotora Simone Sibilio, que sempre atuou no caso, permanece à frente da equipe.
O Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC), que cuidava de inquéritos como o do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), foi fundido ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que manteve a apuração do caso Marielle e Anderson.
Marielle Franco e Anderson Gomes
Com a resolução publicada nesta quinta-feira, as investigações que buscam identificar os mandantes dos assassinatos voltam para o comando da promotora Simone Sibilio. Ela atuou no caso desde a primeira fase da apuração e foi responsável pela denúncia oferecida, em março de 2019, contra os acusados pela execução do crime – Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.
“Este caso sempre foi prioridade para o Ministério Público. E continuará sendo, razão pela qual aceitamos o convite de retornar para esta investigação, na certeza de que toda a estrutura será oferecida para que a elucidação do caso aconteça. Gostaria de ressaltar o meu total compromisso com a sociedade e com os familiares das vítimas, no empenho e dedicação a este caso”, afirmou Simone Sibilio.
Caso Flávio Bolsonaro
A atribuição para atuar nas investigações pela suposta prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro é do procurador-geral de Justiça desde junho do ano passado. Na ocasião, decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro estendeu o foro, por prerrogativa de função ao atual senador, em âmbito estadual.
Em outubro do ano passado, o MP denunciou Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz e outros 15 investigados pela prática dos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita, ocorridos entre os anos de 2007 e 2018.