MP: “Jairinho acreditava que Henry atrapalhava relação do casal”
O promotor Marcos Kac denunciou à Justiça o vereador Jairinho e Monique Medeiros por tortura qualificada e homicídio triplamente qualificado
atualizado
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O promotor Marcos Kac, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), apontou, nesta quinta-feira (6/5), que a morte do menino Henry, de apenas 4 anos, foi motivada por “ciúmes” do vereador Dr. Jairinho (sem partido) em relação a Monique Medeiros, mãe do garoto.
“Agressões e posterior homicídio acontecem por Jairinho acreditar que criança atrapalhava a relação do casal”, disse Kac, ao apresentar a denúncia.
O casal responde por coação no curso do processo, intimidação de testemunhas, manipulação de depoimentos e fraude processual. O promotor ainda denunciou o casal à Justiça por tortura qualificada e homicídio triplamente qualificado contra a criança.
No documento, Kac pede à juíza Elizabeth Machado Louro, titular do 2º Tribunal do Júri, a conversão da prisão temporária em preventiva.
Falsidade ideológica
À Monique, é imputado ainda o crime de falsidade ideológica. Para o MP, em 13 de fevereiro – data de um dos episódio de agressão ao menino –, ela teria prestado falsa declaração no Hospital Real D’Or, em Bangu, para justificar o atendimento. “A falsidade ideológica se estabelece quando Monique leva Henry aos hospitais e mente sobre o motivo”.
Segundo o promotor, as cartas de Monique foram consideradas no processo, mas não há nada que aponte para coação de Jairinho contra Monique. “Ela fazia o que queria, estava onde queria e ele não a controlava como ela diz. Há um diálogo, por exemplo, em que ele pergunta onde ela estava e ela o informa que estava na igreja, na missa de sétimo dia da criança. Ele, co-réu, nem lembrou da missa. E nem sabia onde ela estava”.