MP faz operação para combater “célula jurídica” do PCC em Goiás
A operação “Honoris Criminis” teve como alvo dois advogados cooptados pelo PCC, Primeiro Comando da Capital. Eles foram presos
atualizado
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O Ministério Público de Goiás (MPGO), realizou nesta quinta-feira (21/3), a operação “Honoris Criminis” cujos alvos foram dois advogados supostamente cooptados pelo facção criminosa PCC, Primeiro Comando da Capital. A Operação executou dois mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. As ordens judiciais foram cumpridas em Anápolis, Valparaíso de Goiás e no Distrito Federal.
A operação foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), com apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), das polícias Civil, Militar e Penal. Por ser deflagrada contra dois advogados, também, foi acompanhada por representantes da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Investigação
A acusação que motivou a operação foi a de que os advogados teriam atuado para promover falsas denúncias de maus-tratos de presos da facção. A operação apurou indícios de que eles integram a célula jurídica do PCC e utilizaram-se da profissão para passar recados das lideranças para os demais membros da facção em unidades prisionais. Inclusive, um plano para interferir nas rotinas das prisões como banho de sol e audiências.
Segundo a MPGO, os advogados realizavam falsas denúncias de maus tratos para obter maior flexibilidade nas regras internas dos presídios de segurança máxima de Goiás.
Foi encontrado, em uma das buscas, um bilhete que continha recados transmitidos pela facção.