MP do RJ aceita ajuda da Polícia Federal para apurar caso de Marielle
A medida, segundo Ministério Público, não deve ser confundida com a transferência da investigação para Justiça Federal
atualizado
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O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussen, enviou um ofício ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, dizendo ser favorável à participação da Polícia Federal nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista, Anderson Gomes, desde que o pedido seja feito pelo interventor federal no estado fluminense, general Braga Netto.
De acordo com o documento, a medida não deve ser confundida com o deslocamento de competência para a Justiça Federal. “Caso o interventor e seu gabinete avaliem que a PF deve atuar no caso, contribuindo com as investigações ou assumindo-as, basta que seja formulada a devida requisição”, diz o documento.
O procurador-geral de Justiça volta a destacar “o estimado valor da colaboração da Polícia Federal para a elucidação do caso, uma vez que o órgão está legalmente autorizado a atuar em episódios dessa natureza”.
O documento foi divulgado na noite de quinta-feira (16/8) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Horas depois de Jungmann ter dito, em um evento em Salvador, que tanto o MP quanto a Polícia Civil do Rio haviam recusado o apoio da PF nas investigações do duplo assassinato, que esta semana completou 150 dias.