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MP do Rio prorroga força-tarefa que investiga operação no Jacarezinho

Trabalhos se estenderão por mais quatro meses. Ação que terminou com 28 mortos é considerada a mais letal da história

atualizado

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Aline Massuca/Metrópoles
Beco cheio de marcas de tiros no Jacarezinho
1 de 1 Beco cheio de marcas de tiros no Jacarezinho - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prorrogou, por mais quatro meses, a força-tarefa que investiga a operação na comunidade do Jacarezinho, na zona norte da cidade, considerada a mais letal da história do estado. A informação foi divulgada pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, e confirmada pelo Metrópoles.

O grupo foi anunciado em 11/5, cinco dias após a ação policial que terminou com 28 mortos. A prorrogação se deu para que “as investigações tenham continuidade”, de acordo com o MP.

A Operação Exceptis contou com a participação de 250 policiais civis e resultou nas mortes de 27 suspeitos, dois sem ficha criminal, e do agente André Leonardo Mello Frias, 48 anos. A força-tarefa, coordenada pelo promotor de Justiça André Luis Cardoso, tem como objetos de investigação, além das mortes, sete tentativas de homicídio – cinco contra policiais e duas contra passageiros atingidos dentro do metrô – e fraude processual.

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Integrantes da força-tarefa do MPRJ
Beco com tiros na comunidade do Jacarezinho
Do total de vítimas, 86% eram negras
Marcas de tiros em um beco onde estão crianças no Jacarezinho
Moradores em um beco no Jacarezinho após operação
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MPRJ concede entrevista coletiva sobre operação policial no Jacarezinho

Adriana Cruz/Metrópoles
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Integrantes da força-tarefa do MPRJ

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Beco com tiros na comunidade do Jacarezinho

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Do total de vítimas, 86% eram negras

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Marcas de tiros em um beco onde estão crianças no Jacarezinho

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Moradores em um beco no Jacarezinho após operação

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Sete estados são mapeados pelo estudo da Rede de Observatórios de Segurança: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo

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Movimentação no Jacarezinho após operação

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Estudo aponta que RJ teve 1.245 mortes provocadas pela polícia em 2020

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Parede com marcas de tiros no Jacarezinho

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Marcas de tiros em parede perto de portão no Jacarezinho

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Imagens mostram banho de sangue em operação policial no Jacarezinho

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Em algumas casas, rastro de sangue

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Operação contou com a participação de 250 policiais

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JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
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REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
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25 armas foram apreendidas

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Polícia apreendeu metralhadora

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André Frias, policial civil morto na operação

Reprodução/Arquivo pessoal
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Operação contou com a participação de 250 policiais

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Munição e armas apreendidas na operação

Divulgação/PCRJ
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CELSO BARBOSA/ESTADÃO CONTEÚDO

 

Em audiência das comissões de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania e de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizada na sexta-feira (3/9), o coordenador de Segurança Pública do MPRJ declarou que 39 testemunhas já foram ouvidas, mas, ainda assim, há dificuldade em localizar estas pessoas.

“Já realizamos 100 buscas ativas para localizar testemunhas e informantes. Porém, o acesso não está sendo fácil, é nossa grande dificuldade. Firmamos um termo de cooperação com a Superintendência da Polícia Técnico-Científica de São Paulo para auxílio nas perícias técnicas”, afirmou.

Na ocasião, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, deputada Dani Monteiro (PSol), ressaltou que operações como a do Jacarezinho se originam na ausência do governo estadual em favelas.

“Muitas vezes, nossas favelas só conhecem a linha militarizada do Estado. O Estado precisa estar mais presente nas favelas e comunidades com outros setores. A operação não começou no dia 6 de maio. Começou com a ausência do Estado”, afirmou a deputada.

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