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MP do Rio busca suspeitos da morte do vereador Marcos Falcon

Um dos alvos investigados é um policial militar da ativa, ligado ao bicheiro Rogério de Andrade, que ordenou a morte de Fernando Iggnácio

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Marcos Falcon
1 de 1 Marcos Falcon - Foto: Reprodução

O Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realiza, nesta quarta-feira (18/12), uma operação contra dois investigados pela morte do vereador Marcos Falcon, assassinado a tiros em 2016. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão na Barra da Tijuca, em Madureira e Jacarepaguá.

Um dos alvos é um policial militar da ativa, ligado ao bicheiro Rogério de Andrade, que ordenou a morte de Fernando Iggnácio em novembro de 2020.

Rogério Andrade é considerado o contraventor mais poderoso do Rio de Janeiro na atualidade. O bicheiro mandou matar o rival Fernando Iggnácio, executado em novembro de 2020, em uma emboscada no Recreio dos Bandeirantes.

De acordo com as investigações, havia uma rivalidade entre a escola de samba de Rogério de Andrade, patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, e Geraldo Antônio Pereira, amigo próximo de Falcon, que foi assassinado em 2016.

A suspeita é de que Falcon tenha participado de um atentado a bomba que matou um dos filhos de Rogério, e a possibilidade de Falcon e Geraldo Pereira estarem planejando matar Rogério está entre as razões apontadas na investigação.

O então presidente da escola de samba Portela, Marcos Falcon, foi assassinado a tiros na Zona Norte do Rio de Janeiro em 26 de setembro de 2016.

Fotos do corpo

A investigação aponta que um dos alvos da operação, considerado braço direito de Rogério Andrade, tinha pelo menos duas fotos do corpo de Marcos Falcon tiradas logo após o assassinato. Segundo o órgão, “outra imagem armazenada pelo investigado era de uma urna eletrônica exibindo o número de campanha e a foto da vítima, já morta quando ocorreram as eleições”.

Também foram encontrados prints de mensagens suspeitas com o policial militar Anselmo Dionísio das Neves, conhecido como Peixinho, denunciado por fraude processual em agosto de 2023. Os investigadores indicaram que Peixinho interferiu na apuração do homicídio de Marcos Falcon, retirando um dos celulares da vítima do local do crime.

O órgão informou ainda que Peixinho tinha contato com um policial militar da ativa, que foi alvo de busca e apreensão, e que teria sido um dos responsáveis por assumir os negócios deixados por Marcos Falcon após sua morte, especialmente o chamado “campo do Falcon”.

Relembre o caso

O então presidente da Portela, Marcos Falcon, foi assassinado a tiros na zona norte do Rio de Janeiro em 2016. Ele era candidato a vereador da cidade, e o crime ocorreu dentro do comitê eleitoral.

De acordo com informações de testemunhas, homens chegaram numa moto e dispararam rajadas de tiros, deixando as pessoas na rua em pânico. Há informações de que quatro criminosos encapuzados invadiram o escritório com fuzis.

Falcon havia sofrido outros atentados. Em um deles, levou 18 tiros e se submeteu a nove cirurgias reparadoras. Ele era casado com a então porta-bandeira da Beija-Flor, Selminha Sorriso, e rival político de Marcelo Crivella (PRB).

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