MP de SC identifica mais de 12 financiadores dos bloqueios a rodovias
Segundo Procurador-Geral de Santa Catarina, há uma organização criminal que envolve empresários e agentes públicos que incitou bloqueios
atualizado
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O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, Fernando da Silva Comin, afirmou ter identificado mais de 12 financiadores dos bloqueios a rodovias federais. Segundo Comin, há uma organização criminosa, que envolve empresários e agentes públicos no país inteiro.
A organização teria apoiado financeira e logisticamente os bloqueios às rodovias. O MP de Santa Catarina identificou uma atuação nos bastidores para incentivar, por exemplo, lideranças comunitárias e de movimentos dos caminhoneiros a fecharem vias. A declaração foi dada à rádio CBN, nesta quarta-feira (9/11).
“Existe um grupo por trás [das manifestações] que está incitando a prática não só de atos antidemocráticos como de atos violentos”, afirmou o Procurador-Geral de Justiça.
Os nomes, no entanto, não foram divulgados.
Na terça (8/11), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, se reuniu, em Brasília, com procuradores de justiça para pedir que os ministérios públicos estaduais investiguem se as paralisações foram financiadas.
Fernando Comin afirmou que apresentou um relatório de inteligência ao presidente do TSE, em que aponta as lideranças identificadas no estado que incitaram os bloqueios.
Atos antidemocráticos
Na noite de 30 de outubro, após a divulgação do resultado das eleições de 2022, que declararou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) eleito presidente do Brasil, manifestantes iniciaram movimento de caráter antidemocrático para bloquear rodovias.
No início do movimento, os bloqueios promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) atingiram 25 estados mais o Distrito Federal, além das interdições. Decisão do STF determinou que os manifestantes fossem retirados das vias.