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MP de Goiás pede absolvição de mãe que matou as duas filhas

As duas crianças foram afogadas e esfaqueadas pela própria mãe; pedido do MP leva em consideração exame de insanidade mental

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mãe mata filhas edeia goias (1)
1 de 1 mãe mata filhas edeia goias (1) - Foto: Reprodução

Goiânia – O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a absolvição de Izadora Alves de Faria, que confessou o assassinato das duas filhas em Edéia, no sul goiano. A mulher confessou ter matado as duas filhas, Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10. Ela envenenou, afogou e esfaqueou as crianças dentro da casa onde moravam. O crime aconteceu no dia 27 de setembro de 2022.

O pedido do MPGO levou em consideração o exame de insanidade mental feito pela Justiça. A conclusão foi que a mulher tem transtorno psicótico e não é capaz de entender que seus atos eram errados durante o crime. Além da absolvição, também foi solicitado que Izadora seja incluída ao Programa de Atenção ao Louco Infrator.

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Segundo juiz, crime foi "repugnante e cruel"
Após prisão, mãe foi transferida para hospital psiquiátrico
Irmãs foram envenenadas, afogadas e esfaqueadas
Izadora é acusada de ter matado as duas filhas
Perita analisa caixa d'água que pode ter sido usada em homicídios
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Mãe matou filhas em Edéia, no interior de Goiás

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Segundo juiz, crime foi "repugnante e cruel"

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Após prisão, mãe foi transferida para hospital psiquiátrico

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Irmãs foram envenenadas, afogadas e esfaqueadas

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Izadora é acusada de ter matado as duas filhas

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Perita analisa caixa d'água que pode ter sido usada em homicídios

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Mulher é encontrada em mata fechada após admitir à polícia que matou as duas filhas, em Edéia, Goiás

Foto: divulgação/PCGO

O crime

Izadora Alves de Faria afirmou ter envenenado, afogado e depois ter dado uma facada na filha caçula, Maria Alice, e outra na primogênita, Lavínia.

De acordo com a investigação, o crime foi praticado no dia 27 de setembro de 2022, por volta das 9h. O pai das meninas encontrou os corpos na área ao chegar à casa no horário do almoço. A mulher foi presa às 22h em uma mata fora da cidade, e foi levada para um hospital.

À época, o delegado responsável pelo caso, Daniel Moura, disse ao Metrópoles que na casa havia um frasco de veneno para rato aberto e outro fechado, uma caixa d’água cheia com uma extensão elétrica ligada dentro, como se a acusada tivesse a intenção de eletrocutar as filhas. A mulher não disse a motivação do crime ao ser presa.

“Os corpos das vítimas estavam na área da frente da casa, em cima de um colchão e cobertos por um lençol, com sinais de lesão por arma branca [faca]. Cada uma estava com um ferimento na região do tórax”, afirmou o delegado. O casal vivia na residência com as crianças.

“Repugnante e cruel”

O juiz de direito Hermes Pereira Vidigal chamou de “extrema crueldade e gravidade” o assassinato de duas irmãs de 6 e 10 anos, praticado pela própria mãe. Ele ainda definiu a forma como se deu o crime como “fria, repugnante e cruel”.

Izadora passou por uma audiência de custódia no dia seguinte ao crime, na qual o juiz manteve a sua prisão, passando de flagrante para preventiva. No texto da decisão, o magistrado dimensionou os crimes em palavras.

“Deve se ter em mente que os crimes de homicídio qualificado imputado à representada apresentam-se revestidos de extrema crueldade e gravidade, evidenciando uma potencialidade criminosa perigosa para manutenção da paz social, bem assim causou grande comoção na população desta Comarca”, escreveu o juiz em trecho da decisão que tornou a prisão de Izadora em preventiva.

Internação

Izadora foi presa, no entanto, após decisão judicial, foi internada em um hospital psiquiátrico. A decisão foi da Justiça de Goiás, que já havia exigido uma vaga para a mulher, sob pena de multa de R$ 10 mil, por dia.

Izadora Alves de Faria estava internada de forma provisória no Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc, na capital goiana, desde o dia 1º de outubro, após tentar se matar na unidade prisional onde estava detida. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, a mulher foi transferida do complexo prisional em outubro, com escolta prisional.

O pedido de transferência de Izadora atende a um pedido da Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO), “que representa legalmente Izadora Alves de Faria, a fim de garantir o seu amplo direito à defesa, em virtude da sua hipervulnerabilidade”.

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