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MP acusa coronel, auxiliar de prefeito de SP, de acobertar assassinato

Hoje assessor de Ricardo Nunes, tenente-coronel Valmor Saraiva Racorti era chefe do 4º Batalhão de Choque quando subordinado matou colega

atualizado

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Divulgação/PMSP
Tarcísio Polícia Militar de São Paulo
1 de 1 Tarcísio Polícia Militar de São Paulo - Foto: Divulgação/PMSP

São Paulo – O Ministério Público de São Paulo denunciou o tenente-coronel Valmor Saraiva Racorti, da assessoria policial militar do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), por supostamente deixar de agir como deveria e acobertar o assassinato do tenente Samuel Rodrigo Rosa, seu então subordinado no 4º Batalhão de Choque.

Rosa foi morto a tiros, em 1º de setembro de 2020, por um colega dentro de um quartel do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), no Tremembé, Zona Norte de São Paulo. O Gate, tropa de elite da PM paulista, é subordinado ao 4º Batalhão de Choque.

No dia do crime, Rosa e dezenas de policiais tinham participado de um treinamento com munição não letal.

No entanto, pouco depois disso, Rosa foi atingido a tiros de submetralhadora pelo tenente Marcos Vinícius de Souza Pegoretti. O atirador alegou que os disparos foram acidentais, pois escorregou em um local escuro com a arma carregada e destravada.

Só que o local do crime e a arma não foram preservados para perícia, então a promotoria não conseguiu estabelecer exatamente o que aconteceu. Foi investigada a hipótese de que a vítima estivesse ajoelhada quando foi assassinada.

Responsável pelo caso, o promotor Rafael Pinheiro descreveu na acusação que policiais militares deixaram de investigar e tratar o caso como deveriam. Ele criticou especialmente um parecer de Racorti, no qual ele disse que a reação do atirador era “esperada em qualquer ser humano”: “Após escorregar agiu por reflexo e instinto, não conseguindo controlar as ações decorrentes da tentativa de equilibrar-se e evitar a queda, o que é normal e esperado em qualquer ser humano”.

Pegoretti tinha sido inicialmente denunciado pelo crime de homicídio culposo, porque a primeira investigação feita pela Corregedoria da Polícia Militar deixou de buscar a verdade dos fatos para comprovar a versão de que foi um acidente, de acordo com a promotoria.

Só que uma nova investigação foi feita e a denúncia acabou corrigida no dia 31 de março, para que Pegoretti seja julgado pelo crime de homicídio doloso.

Racorti, o auxiliar de Nunes, foi denunciado por peculato. Também foram acusados por peculato o tenente-coronel José Luiz Gonçalves, o capitão André Júlio da Costa, o capitão Bruno Penachio de Oliveira e o capitão Pedro Alexandre de Farias Gobbi.

Caberá ao juiz militar Ronaldo Roth, responsável pela 1ª Auditoria Militar de São Paulo, analisar se abre processo criminal contra os policiais militares.

Procurada, a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo não comentou o caso.

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