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Mourão usa “geopolítica da vacina” para justificar atraso no início da imunização

O vice-presidente também alegou que a velocidade da vacinação no mundo está muito lenta, mas admitiu ser necessário que o Brasil avance

atualizado

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Adnilton Farias / VPR
hamilton mourão na China
1 de 1 hamilton mourão na China - Foto: Adnilton Farias / VPR

Em uma tentativa de minimizar o atraso do início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou na tarde desta quarta-feira (20/1) que  “a geopolítica da vacina” justifica a demora no começo da vacinação no Brasil. “Olha, temos que compreender a geopolítica da vacina. Se vocês acompanharem a velocidade de vacinação no mundo, ela tá muito lenta”, amenizou o vice-presidente.

“Dados de ontem, que eu consegui colher: os Estados Unidos estavam na frente, com 12 milhões e alguma coisa de pessoas vacinadas, isso não dá 5% da população americana. A maioria dos países europeus: 500, 400 mil pessoas vacinadas. O que eu quero dizer com isso? Existe uma corrida para a vacina!”, prosseguiu Mourão.

Como justificativa para o atraso do Brasil, o vice-líder sugeriu que os maiores produtores dos insumos para a fabricação da vacina – o Ingrediente Farmacêutico Ativo – não conseguem suprir a si próprios e, ao mesmo tempo, exportar. “Essas vacinas usam os insumos farmacêuticos ativos, os IFAs, que são produzidos na maior parte em dois países, Índia e China, cuja população dá quase 1/3 da mundial. Com isso, eles têm os interesses geopolíticos deles, obviamente, a esse respeito.”

Para Mourão, a resolução do entrave depende de diplomacia.

“Vamos ter que usar as armas da diplomacia. No nosso caso, não temos contrato direto, com exceção dessas 2 milhões de doses da China, que são da AstraZeneca – o contrato é com as empresas, elas têm que fazer seu esforço para que as áreas produtoras de insumos entreguem isso aí –, mas ao mesmo tempo, nós vamos procurar, usando a diplomacia e o relacionamento. Hoje o assunto está na mão do Ministério das Relações Exteriores para que se consiga que tanto a Índia quanto o governo da China acelerem um pouco a produção nas suas fábricas de insumos.”

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Mourão, em visita ao Acre
Vice-presidente, general Mourão, passeando de bicicleta, próximo ao Palácio da Alvorada
Bolsonaro e Mourão em solenidade no Planalto
Vice-presidente Hamilton Mourão em evento no STF
Mourão ao lado de militares da ativa e da reserva
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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB)

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Mourão, em visita ao Acre

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Vice-presidente, general Mourão, passeando de bicicleta, próximo ao Palácio da Alvorada

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Bolsonaro e Mourão em solenidade no Planalto

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Vice-presidente Hamilton Mourão em evento no STF

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Mourão ao lado de militares da ativa e da reserva

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O vice-presidente, general Mourão, recebe a mais alta patente da maçonaria

Divulgação
Movimentações diplomáticas

Em uma entrevista ao jornal Valor, nessa terça-feira (19/1), o vice-presidente sugeriu que a vacinação na China também está lenta. “Só 0,5% da população mundial foi vacinada. E a China só vacinou 10 milhões de pessoas. Para um país de 1,4 bilhão de habitantes, é muito pouco.”

De acordo com o general, há uma movimentação diplomática do Brasil com China e Índia para que ocorra maior produção nas fábricas de insumos, de forma que o quantitativo contemple a população desses países e também o Brasil. Na terça-feira, Mourão disse ao jornal Valor que, se a inciativa do MRE fracassar, telefonaria para o vice-presidente chinês, Wang Qishan, para buscar uma solução.

“A sinalização está sendo feita. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, enviou uma carta para o ministro das Relações Exteriores da China, isso foi feito via embaixada brasileira na China. E de acordo com os dados que eu sei, há um movimento, não vou falar de simpatia, mas um movimento positivo para que as conversações avancem.”

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