Mourão sobre depoimento de Bolsonaro à PF: “Assume erro que não é seu”
A fala de Mourão ocorre após o ex-presidente prestar depoimento na sede da Polícia Federal para explicar postagem com teor golpista
atualizado
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O senador e ex-vice-presidente Hamiltom Mourão (Republicanos-RS) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao dizer à Polícia Federal que estava sob efeito de remédios e que por isso compartilhou vídeo com teor golpista sobre o resultado da última eleição, assumiu erro que não foi seu, mas da equipe. A informação é da coluna de Juliana Dal Piva, do UOL.
“Pela forma como eu o conheço, ele estava fora do Brasil. Não foi o caso de ter feito. Não era o caso”, declarou Mourão. De acordo com o senador, a equipe do ex-presidente cometeu outros erros relacionados a publicações em redes sociais.
Nesta quarta-feira (26/4), o ex-presidente prestou depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília. A oitiva ocorreu no âmbito do Inquérito dos Atos Antidemocráticos.
O ex-presidente passou a figurar entre os alvos do inquérito após compartilhar, em 10 de janeiro, publicação em que a regularidade das eleições era questionada. A publicação reiterava a tese infundada de que houve fraude na eleição do ano passado para presidente da República, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito.
Apesar de ter apagado o post no mesmo dia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou o ex-presidente de incitar a perpetração de crimes contra o Estado de Direito ao propagar o vídeo.
Sob efeito de remédios
À PF, Bolsonaro alegou que estava sob efeito de remédios quando compartilhou o vídeo com informações falsas que questionam o resultado da última eleição.
A informação foi divulgada pelo ex-ministro e advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten. O ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República reforçou que o próprio Bolsonaro repudiou os protestos violentos ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro.
Na ocasião, o ex-presidentehavia recebido alta após ser internado com fortes dores abdominais, nos Estados Unidos, e teria sido medicado com morfina, segundo os advogados.
Bolsonaro também afirmou, também no depoimento à PF, que a intenção era enviar o vídeo pelo WhatsApp, e não publicá-lo no Facebook.