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Mourão questiona vacina: “Quem comprou a Coronavac? Nenhum país comprou”

Vice-presidente aponta falta de interesse de outras nações no imunizante produzido pela Sinovac. Mas Indonésia e Turquia já adquiriram

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Bruno Batista/ VPR
Vice-presidente Hamilton Mourão
1 de 1 Vice-presidente Hamilton Mourão - Foto: Bruno Batista/ VPR

O vice-presidente do país, general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou na manhã desta segunda-feira (14/12) que “é necessário aguardar” para ter certeza da aquisição da vacina Coronavac, fabricada pela chinesa Sinovac. A questão foi levantada devido à ausência da Coronavac no documento do Plano Nacional de Imunização, enviado pelo Ministério da Saúde ao Supremo Tribunal Federal (STF), no sábado (12/12).

“Isso aí a gente tem de ver mais para frente. Vamos pensar só em uma coisa: quem comprou a Coronavac? Nenhum país comprou a Coronavac. Está todo mundo comprando Pfizer ou outras aí. Vamos aguardar né, gente? Também estou angustiado, quero ser vacinado. Estando regulamentado, ok! Sem problemas”, declarou Mourão.

Na verdade, Indonésia e Turquia já compraram a Coronavac para a imunizar a população.

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No plano apresentado, o Ministério da Saúde afirma que garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 100,4 milhões da Fiocruz/AstraZeneca, até julho de 2021, e mais 30 milhões por mês no segundo semestre; 42,5 milhões do consórcio Covax Facility; e 70 milhões da Pfizer, negociação que ainda está em trâmite.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou no último dia 2 que acreditava que o Brasil receberia, no máximo, três opções de vacinas contra o coronavírus. A declaração foi feita em audiência pública convocada pelo Senado Federal para prestar esclarecimentos sobre testes estocados da Covid-19.

Na última semana de novembro, o governo havia escanteado a Sinonavac, produtora da Coronavac, ao se reunir com as fabricantes Pfizer (EUA), Janssen (Bélgica), Bharat Biotech (Índia), RDIF (Fundo Russo de Investimento Direto) e Moderna (EUA).

Histórico da Coronavac

A Coronavac, vacina desenvolvida pela Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan — ligado ao Governo de São Paulo —, foi suspensa em outubro, por causa de um “evento adverso grave”: a morte de um voluntário do estudo.

Mais tarde, descobriu-se que a causa do óbito foi suicídio, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML). Em 11 de novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu autorizar a retomada dos testes da vacina Coronavac.

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