Mourão e Marinho pedem a Weber para individualizar ações de golpistas
Os senadores participaram de reunião com a presidente do STF e pediram celeridade no julgamento dos presos em atos de 8 de janeiro
atualizado
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Os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Rogério Marinho (PL) se reuniram com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, para pedir celeridade no julgamento dos golpistas presos após os ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Cerca de mil pessoas são mantidas presas após audiências de custódia.
Em entrevista a jornalistas após a saída da reunião, no STF, Rogério Marinho, ex-ministro de Jair Bolsonaro, afirmou que fez o pedido a Weber para dar celeridade à situação daqueles que estão encarcerados, tanto no Complexo Penitenciário da Papuda, quanto na Colmeia.
“Nós, como senadores, tivemos a oportunidade de visitá-los. A nossa preocupação é quanto a agilidade do processo. Queremos conversar com o relator do inquérito, Alexandre de Moraes, para que haja a individualização dos delitos. Queremos que aqueles que não devem possam ser liberados e aqueles que, porventura, tenham sido flagrados em atos de depredação, de barbárie, de vandalismo possam ter a imputação de seus crimes em tempo real e da forma adequada”, disse Marinho, ao lado do vice-presidente da República na gestão Bolsonaro e hoje senador, Hamilton Mourão.
Marinho ainda ressaltou ter sido recebido por Rosa Weber com cordialidade. “Nós todos estamos imbuídos do mesmo sentimento: o de fortalecer a democracia brasileira. Esperamos que, nos próximos dias, possamos ter a condição de ter essa individualização, ou seja, separar o joio do trigo”, completou.
Prisões
Mais de 1,2 mil pessoas foram presas por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Elas são suspeitas de participarem dos atos extremistas contra a eleição do presidente Lula (PT) e que deixaram um rastro de destruição na capital federal, no início de janeiro.
Em 30 de janeiro, um relatório de providências da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP-DF) detalhou que há 931 presos provisoriamente devido a envolvimento na arruaça promovida no centro de Brasília. Desse total, há 623 homens e 308 mulheres.
Outras 459 pessoas detidas por suspeita de participação nos atos extremistas foram liberadas da cadeia, com uso de tornozeleira eletrônica.