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Mourão diz que não é fácil aprovar PEC Emergencial e privatizações

O vice-presidente se referiu às propostas como “temas polêmicos”. A previsão é de que a pauta seja votada nesta quinta-feira (25/2)

atualizado

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MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
MOURÃO CUMPRE AGENDA EM SP
1 de 1 MOURÃO CUMPRE AGENDA EM SP - Foto: MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, nesta quinta-feira (25/2), que aprovar temas como a PEC Emergencial não é simples porque “atinge princípios estabelecidos há mais de 30 anos”.

Mourão manifestou o mesmo pensamento acerca da agenda de privatizações do governo, uma vez que, segundo ele, envolvem grandes estatais: “Mudaria uma mentalidade de mais de 50 anos”.

Acerca da desvinculação de verbas da saúde e educação, proposta na PEC Emergencial, o vice-presidente exemplificou: “Você pode ter cidades onde existe uma população mais velha que precisa de mais recurso em saúde e menos na educação. Então, são essas ideias que estão norteando essa discussão, e não é simples porque atinge princípios que já estavam estabelecidos aí há mais de 30 anos. Então, esse fatiamento era inevitável na minha visão”.

A PEC, cujo relator é o senador Márcio Bittar (MDB-AC), tem votação marcada para esta quinta-feira. A proposta consiste na desobrigação de estados e municípios aplicarem os percentuais na destinação de recursos para as duas áreas e é uma das prioridades do governo no Congresso.

Agenda de privatizações

O vice-presidente também foi didático ao defender a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de terça-feira (23/2), dia em que o chefe do Executivo entregou ao Congresso Nacional a Medida Provisória nº 1.031 (MP de nº 1.031), que prevê a privatização da Eletrobras.

Na ocasião, Bolsonaro ressaltou: “Estou tendo a grata satisfação de retornar a esta casa trazendo uma medida provisória que visa à capitalização do sistema da Eletrobras. Então, a Câmara e o Senado vão dar a devida atenção à matéria, até por ser uma MP. A nossa agenda de privatização, não que a medida provisória não trate disso, mas nossa agenda continua a todo vapor”.

“Não é simples você mudar uma mentalidade de mais de 50 anos, isso já vem desde o período de presidente militares, onde houve a criação de um grande número de empresas estatais. As empresas estatais são algo, que se você for olhar nas história dos primórdios do capitalismo, quando os governantes pegavam e entregava determinadas atividades para empresários que as pudessem tocar adiante […] agora me fugiu o nome, mas eram companhias que estavam sob a égide do estado”, explicou Mourão.

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