Mourão: militares combaterão incêndios na Amazônia por mais 45 dias
Vice-presidente falou com a imprensa após a 6ª Reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, que ele preside
atualizado
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Com os focos de incêndio batendo recordes na Amazônia, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) anunciou nesta terça-feira (24/8) que a presença das Forças Armadas na região, em apoio ao combate aos incêndios, será estendida em 45 dias. A Garantia de Lei e Ordem (GLO) Ambiental que ermite a presença de militares na região estava se encerrando e Mourão fez o anúncio após a 6ª Reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal.
“A GLO vai ser estendida. Conversei com o ministro da Defesa hoje. Do recurso inicialmente solicitado, uma vez que ele demorou para chegar, sobrou, então nós temos condições de estender por mais 45 dias, que é o período crítico que vamos enfrentar na questão de queimadas”, disse Mourão, que preside o conselho.
O vice-presidente disse ainda que serão abertas 740 vagas para concursos públicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Ainda segundo Mourão, os órgãos ambientais têm recurso “mais do que suficiente” para combater queimadas e desmatamento até o fim do ano.
“Na Cúpula do Clima o presidente Bolsonaro se comprometeu a dobrar o orçamento e ele realmente foi colocado o recurso. Foram mais de R$ 270 milhões para o Ministério do Meio Ambiente. Hoje, segundo dado que eu tenho, ainda tem R$ 170 milhões desse recurso disponível até o final do ano”, afirmou o vice-presidente.
“Na minha visão, um recurso mais do que suficiente para as tarefas que o Ministério do Meio Ambiente tem que realizar. Vamos lembrar que não é só a Amazônia. Estamos enfrentando uma situação difícil em outras regiões do país, também com problemas aí de incêndio, fruto desse período de seca e de calor”, ressaltou.
A Amazônia teve 2.308 focos de calor no mês passado, segundo dados divulgados no início de agosto pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe). É o maior registro de queimadas em junho desde 2007.