Mourão defende apreensão ou destruição de aparato de garimpo ilegal
Vice-presidente disse que operação contra atividade ilegal no Rio Madeira foi feita de imediato e defendeu vigilância constante na região
atualizado
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), defendeu nesta segunda-feira (29/11) a apreensão ou a destruição de equipamentos utilizados para a prática de garimpo ilegal.
No fim de semana, a Polícia Federal (PF), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Marinha e a Aeronáutica deflagraram a Operação Uiara em um trecho do Rio Madeira, no Amazonas. Segundo garimpeiros, ao menos 20 balsas foram incendiadas.
Mourão considerou que a operação “foi feita de imediato”. “Tinha que ter feito da forma como foi, né? Quem está ilegal tem que ter o equipamento apreendido ou destruído”, defendeu o general, ao chegar ao gabinete na Vice-Presidência.
A destruição de maquinário usado para garimpo ilegal em ações de fiscalização do Ibama é amparada pela legislação, por duas razões: a dificuldade de rebocar os equipamentos apreendidos e a possibilidade de ações armadas para resgatar os veículos. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já se manifestou contra a prática.
Em duas semanas, centenas de balsas se juntaram na beira de um distrito de Autazes chamado Porto do Rosarinho, após a suposta descoberta de grande quantidade de ouro em um trecho do Rio Madeira, a cerca de 100 km de Manaus. A notícia mobilizou garimpeiros que estavam mais acima no rio, para o lado de Rondônia, que se juntaram em uma alça. A situação produziu imagens impactantes e chamou a atenção das autoridades.
Logo após as primeiras notícias sobre a chegada de centenas de balsas à região, no entanto, a maioria dos garimpeiros resolveu ir embora para evitar a fiscalização, como registrou o Metrópoles, in loco.
Apesar de considerar que a atividade foi dispersada depois da intervenção do governo, o vice-presidente pontuou que é necessário manter a vigilância na região. “O garimpo já foi devidamente dispersado, vamos dizer assim. Mas tem que manter uma vigilância constante, porque tem ouro lá e, se não houver a vigilância, o pessoal volta”, afirmou Mourão.