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Mourão atribui alta de desmatamento à saída de militares da Amazônia

Decreto autoriza novo emprego das Forças Armadas na prevenção e repressão de crimes ambientais, até o fim de agosto deste ano

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1 de 1 imagem colorida do Vice-Presidente da República Hamilton Mourão - Foto: Romério Cunha/VPR

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), atribuiu o recente aumento do desmatamento na Amazônia ao fim da operação Verde Brasil 2, encerrada em 30 de abril.

“Nós vínhamos com uma trajetória muito boa até o final do mês de abril. Após a saída das Forças Armadas, houve um aumento significativo do desmatamento. Principalmente no mês de maio, os índices foram bem elevados”, disse ele, nesta terça-feira (6/7).

Apenas em maio, a Amazônia sofreu desmatamento de 1.391 quilômetros quadrados (km²), alta de 67% em relação ao mesmo período de 2020. Esse foi o pior mês de maio dos últimos cinco anos. Esses dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Mourão se reuniu com alguns ministros, nesta tarde, para apresentar a importância da Operação de Garantia da Lei e da Ordem referente ao decreto 10.730, de 28 de junho de 2021 (Operação Samaúma).

O decreto autoriza o emprego das Forças Armadas na prevenção e repressão de crimes ambientais, no período de 28 de junho a 31 de agosto de 2021.

Os militares poderão atuar em terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental, áreas de propriedade ou sob posse da União e, mediante requerimento do respectivo governador, em outras áreas dos estados abrangidos, como Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia.

Mourão ponderou, no entanto, que, apesar do resultado obtido pelos militares quando estiveram na Amazônia, essa não é a missão das Forças Armadas.

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“Nós temos que trabalhar com o que nós temos, que são as agências ambientais, mais o Incra, a Funai, a Agência Nacional de Mineração. O que ocorre é que a missão das Forças Armadas não é essa. O emprego das Forças Armadas requer uma quantidade de recurso que muitas vezes o Estado brasileiro não dispõe”, ressaltou, ao destacar que a Operação Samaúma será “menos volumosa, mas mais objetiva”.

O objetivo da operação, segundo o vice-presidente, é chegar ao fim do mês de julho com uma redução de cerca de 1 mil quilômetros quadrados de desmatamento.

“A partir daí se inicia a temporada do fogo, que nós também temos que impedir. O ministro do Meio Ambiente já contratou mais mil brigadistas. Então, ele está com um efetivo de 3,2 mil brigadistas para combater eventuais queimadas que surjam”, complementou.

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