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Motorista que teria agredido ator se entrega e nega homofobia

Paulo Roberto admitiu que deu soco em Marcello Santanna, mas alegou que ele estava aparentemente embriagado e incomodava outros passageiros

atualizado

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Homofobia-SP
1 de 1 Homofobia-SP - Foto: Reprodução/Facebook

O motorista suspeito de ter agredido o ator Marcello Santanna, 23 anos, dentro de um ônibus em São Paulo no sábado (07/09/2019), se apresentou na delegacia na tarde desta segunda-feira (09/09/2019). Paulo Roberto de Morais Junior, 31 anos, negou à polícia que a agressão teria sido com viés homofóbico. O ator, que teve o nariz quebrado, disse que foi vítima de agressão e homofobia. As informações são do portal G1.

Segundo o depoimento, Paulo Roberto afirmou “que a vítima, o amigo e a prima entraram no ônibus fazendo bagunça, que estavam aparentemente embriagados e começaram a incomodar os outros passageiros”. Ainda segundo ele, “alguns chegaram a descer do ônibus”.

O suposto agressor ainda garantiu que pediu que o grupo parasse e, neste momento, o ator teria abaixado as calças e sentado no colo do amigo. O motorista disse que, depois disso, mandou os três descerem do ônibus. Marcello, então, o teria xingado e dado tapas na lataria do ônibus, o que teria irritado o condutor do coletivo. Paulo admitiu ter dado um soco na vítima. A polícia investiga o caso como lesão corporal.

A vítima
O ator afirmou ao portal que o motorista parou o ônibus e falou para ele descer depois que o viu dando “selinhos” em outro rapaz. O ator saiu do veículo e, logo em seguida, o motorista desceu e deu um soco no seu rosto.

“Me recusei [a descer], disse que tinha pago e perguntei qual seria o motivo pra gente sair. Ele, então, levantou, e na mesma hora resolvi não criar uma discussão e me despedi desse rapaz e da minha prima”, contou.

“Ao descer, levantei as mãos e disse ‘tá tudo bem, eu vou embora’. Ele já veio nos socos, sem ao menos eu ter tempo pra terminar de falar. O rapaz e minha prima desceram pra me socorrer, o motorista entrou na lotação e foi embora”, completou o rapaz.

Em nota, a SPTrans, responsável pelo sistema de transporte público de São Paulo, afirmou logo depois da denúncia que havia encaminhado o caso à empresa que opera a linha para que identificasse o motorista e tomasse “as providências cabíveis em relação a seu funcionário”.

Confira na íntegra:
Como gestora do sistema de transporte público, a SPTrans realiza junto às empresas operadoras o programa Viagem Segura, com treinamentos que incluem itens como condução segura, respeito aos passageiros, idosos e pessoas com mobilidade reduzida além de conduta durante casos de abuso. Em 2018, o programa treinou 62.739 trabalhadores entre motoristas, cobradores e fiscais.

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