Motorista que levava espanhola disse não ter visto bloqueio policial
A irmã de, Maria Esperanza Ruiz, estava no carro e disse que também não viu o bloqueio
atualizado
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O motorista que levava a turista espanhola Maria Esperanza Ruiz para a favela da Rocinha, na manhã desta segunda-feira (23/11), disse à Polícia Civil não ter visualizado o bloqueio policial de dentro do carro, que tem película escura nos vidros.
A Polícia Militar informara mais cedo que o automóvel furou o bloqueio de policiais e que, por isso, eles atiraram, matando a turista. Maria Esperanza foi atingida na região do pescoço; tudo indica que tenha sido um disparo de fuzil.O delegado Fabio Cardoso, da Delegacia de Homicídios do Rio, onde ficarão concentradas as investigações, disse que informações preliminares dão conta de que “o motorista não viu a suposta blitz”.
“Foi ouvido o disparo e a turista caiu dentro do carro. A irmã dela estava no carro e disse que também não viu o bloqueio”, afirmou o delegado, que já mandou apreender três fuzis usados pelos PMs.
“Uma turista vir ao Rio e ser assassinada é inadmissível. A gente vai identificar e colocar na cadeia quem fez essa covardia. Até o fim da tarde teremos pessoas identificadas e presas. Mas qualquer divulgação prematura pode ser leviana, pode levar a pré-julgamentos. Vamos ver a dinâmica, se havia ou não blitz, se era visível ou não”.
Serão ouvidos a irmã da vítima, o motorista – que é brasileiro, segundo o delegado – e os PMs. As identidades e patentes não foram divulgadas.