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Motorista que fugiu após matar gari em Goiânia voltava de uma festa

Rapaz de 23 anos foi identificado e disse que perdeu a visão da pista, durante briga com a namorada no carro, e que fugiu para não ser preso

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Arquivo Pessoal
gari morre atropelado em goiânia a caminho do trabalho
1 de 1 gari morre atropelado em goiânia a caminho do trabalho - Foto: Arquivo Pessoal

Goiânia – O motorista que atropelou e matou o gari da prefeitura da capital goiana, David José da Silva, de 47 anos, no início da manhã de domingo (4/7), foi identificado e esteve nesta sexta-feira (9/7) na Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (Dict). Ele disse ao delegado que, na hora do acidente, estava retornando de uma festa entre amigos, que  havia ocorrido durante a madrugada, em Goianira, na região metropolitana.

De acordo com o relato do rapaz, de 23 anos, e que trabalha como tecnólogo em radiologia, ele estava com a namorada no carro, um Onix branco, e os dois estavam discutindo. Em determinado momento da briga, ele teria olhado para ela e perdeu a visão da pista. Foi nesse instante, segundo o motorista, que ele não viu David logo à frente e o atropelou.

O acidente aconteceu entre 6h e 6h30 de domingo, no trecho urbano da GO-070, chegando em Goiânia. Enquanto o rapaz e a namorada voltavam de uma festa, David trafegava de bicicleta na lateral da pista e estava a caminho de mais um dia de trabalho. Ele entraria no turno da 7h, na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).

O corpo do gari foi parar a uma distância de cerca de 60 metros do ponto onde a bicicleta dele foi encontrada. A apuração indicou que ele chegou a ser arrastado pelo carro e morreu no local. O delegado responsável pelo caso, Thiago Damasceno, disse ao Metrópoles que o motorista informou que estava a uma velocidade de 60 Km/h e que não estaria sob efeito de álcool.

“Ele negou estar alcoolizado, disse que não tinha bebido e que estava sóbrio, mas a gente sabe o que motiva isso aí. É difícil comprovar, mas voltando de uma festa leva a crer que estava estava embriagado. A velocidade, a gente consegue, talvez, comprovar por meio de perícia no carro. A perícia vai ser realizada no veículo dele”, adianta o delegado.

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Local do acidente fica no quilômetro cinco da GO-070, próximo à barreira da Polícia Rodoviária Estadual (PREGO)
Investigação busca imagens de câmeras de segurança para identificar o responsável pelo acidente
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David José da Silva, de 47 anos, trafegava de bicicleta na lateral da pista e estava a caminho do trabalho

DICT / PCGO
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Local do acidente fica no quilômetro cinco da GO-070, próximo à barreira da Polícia Rodoviária Estadual (PREGO)

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Investigação busca imagens de câmeras de segurança para identificar o responsável pelo acidente

DICT / PCGO
Fuga do local

O nome do motorista não foi divulgado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO). Ele compareceu à delegacia na companhia de um advogado e foi liberado, após prestar depoimento. Questionado sobre o porquê da fuga do local, ele disse que ficou assustado e que a namorada teria dito para ele fugir, senão seria preso.

Damasceno conta que testemunhas serão ouvidas na próxima semana, inclusive a namorada do rapaz, cujo depoimento está marcado para quarta-feira (14/7). Pessoas que passaram antes e depois do acidente prestarão depoimento para auxiliar no detalhamento do caso.

A versão da namorada será importante para confirmar ou não o que foi dito pelo motorista. “Ele fala que até encostou o carro, na dúvida se retornava ou não, mas a namorada teria falado para ele seguir, senão seria preso. A autoria em si já está esclarecida, vamos aguardar o laudo do local e ouvir essas testemunhas”, diz o delegado.

Crime de homicídio

O motorista deve responder pelo crime de homicídio. A investigação é que vai comprovar se foi homicídio doloso ou culposo. Como o período de flagrante já passou, ele foi liberado após ser ouvido, nesta sexta-feira. Thiago Damasceno explica que a conclusão do inquérito é o que vai definir pelo pedido de prisão do rapaz.

Como ele fugiu do local, a identificação dele só foi possível nessa quinta-feira (8/7), após uma série de levantamentos e cruzamentos de informações, ou seja, quatro dias após o acidente. Além disso, sem a identidade dele, não havia um mandado de prisão em aberto. Dessa forma, o término das investigações é que vai definir como ela será tratado judicialmente.

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