Motorista que atropelou Kayky Brito está sem trabalhar e pede ajuda
Advogado da defesa do motorista disse que foi aberta vaquinha virtual para ajudar a pagar as dívidas adquiridas após o acidente
atualizado
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O motorista de aplicativo Diones Coelho da Silva, 41, disse que está impossibilitado de trabalhar desde que se envolveu no acidente de trânsito que resultou no atropelamento do ator Kayky Brito, 34, no último sábado (2/9). O acidente ocorreu na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
“Tenho a minha consciência tranquila. Desde o acidente, estou muito abalado. Abalado com o estado de saúde do Kayky, com a massificação da mídia. Fico pensando no filhinho dele, sou pai também”, disse ele à Splash.
Diones alegou não ter recursos para consertar o carro, que é financiado e passou por perícia após o acidente. O veículo foi bloqueado pelo aplicativo 99 devido ao trágico episódio que resultou na hospitalização do ator. “Não tenho como trabalhar [sem o carro]. Para a minha surpresa, o aplicativo me bloqueou, mesmo com as investigações apontando [até agora] uma fatalidade. Nunca tive intenção de machucar o menino.”
Diones começou a trabalhar como motorista de aplicativos de transporte de passageiros há quatro meses. Ele deixou a carreira de análise e desenvolvimento de sistemas e gestor de tráfego para investir no trabalho autônomo.
Segundo ele, se não consertar o carro, deixará de receber por volta de R$ 5 mil mensais — valor que cobre os custos familiares dele, da esposa e dos filhos de 11 e 13 anos.
O carro que ele dirigia era um modelo Fiat Cronos 2023. “O prejuízo foi avaliado em R$ 10 mil. O valor da franquia é de R$ 4 mil, mais a prestação do carro de R$ 1,7 mil mensais. O carro é o único meio de trabalho. Comprei o carro para trabalhar e não tinha nem 10 mil quilômetros rodados. Nem sei o que fazer. Tenho dois filhos pequenos, e isso agrava ainda mais meu psicológico.”
“Os meus danos foram apenas materiais, graças a Deus. Não tem um dia que eu não pense como está o Kayky. Só peço a Deus que tudo fique bem e ele saia logo do hospital”, prosseguiu ele.
Segundo o advogado de defesa do motorista, Julio Cesar Filho, uma vaquinha virtual foi aberta para pagar as dívidas recém-adquiridas, como as parcelas do seguro e do carro.
Boletim de ocorrência
No boletim de ocorrência, o motorista disse que foi surpreendido pelo ator na via. Ele afirmou que estava na faixa da esquerda e que tentou desviar, jogando o carro para a faixa da direita para evitar a colisão, mas não conseguiu.
O exame de alcoolemia constatou que não houve a ingestão de bebida alcoólica.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito para investigar as circunstâncias do atropelamento. O motorista foi autuado por lesão corporal culposa, quando não há intenção do ato.
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