Motorista presenciou ponte desabar no Amazonas: “A queda foi rápida”
Ricardo Sobreiro estava no local no momento do acidente e contou que um grupo de caminhoneiros bloqueava a passagem de veículos
atualizado
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Um grupo de caminhoneiros teria bloqueado o tráfego de veículos na ponte sobre o rio Curuçá, no Amazonas, antes da estrutura desabar. O acidente ocorreu na quarta-feira (28/9), na altura da BR-319, e deixou mortos e feridos.
Em entrevista à Rede Amazônica de televisão, o motorista Ricardo Sobreiro, que estava no local no momento do acidente, contou que um grupo de caminhoneiros bloqueava a passagem de outros veículos no local.
“Estávamos aguardando a estrada ser liberada, pois tinha um grupo de caminhoneiros bloqueando a entrada. Eu saí do veículo e fui verificar se tinha espaço para a gente passar, e nao tinha, eles não queriam liberar”, contou o motorista.
Veja vídeo do local:
A estrutura desabou no início da manhã de quarta. Enquanto a prefeitura fala em 18 mortos, a gestão estadual afirma que houve três vítimas, entre oito e 15 desaparecidos e dezenas de feridos.
De acordo com o motorista Ricardo, a queda foi rápida. “Falaram que não iam deixar ninguém passar. Quando vimos, foi rápido, a ponte se quebrando”, disse à Rede Amazônica.
A reportagem do Metrópoles procurou a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros do Amazonas para coletar informações sobre as buscas, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) também foi procurado, mas ainda não se manifestou.
Apoio
Em nota, a Prefeitura de Careiro, município próximo ao local da ponte, lamentou o acidente e afirmou que o caso foi uma “tragédia anunciada”.
Além de decretar luto oficial, o município disponibilizou uma equipe de médicos, enfermeiros e psicólogos para prestar atendimento às vítima e familiares. “As profissionais ficarão à disposição dessas pessoas o tempo que for necessário”, informou a prefeitura.