Motorista de aplicativo é suspeito de matar passageiro por dívida de R$ 50
Em Porto Alegre, os dois detidos e o foragido — com prisão preventiva decretada — têm antecedentes por lesão corporal
atualizado
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Após meio ano investigando uma execução, agentes da 1ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre deflagraram, nesta quarta-feira (18/11), a operação Taxi Driver. Os policiais localizaram os autores de um assassinato, ocorrido em 7 de maio no bairro Belém Velho, na Zona Sul.
Segundo a polícia, um usuário de transporte por aplicativo foi torturado, teve as mãos amarradas e foi executado a tiros porque o motorista, com dois comparsas, ficou incomodado pelo fato de o passageiro não ter dinheiro suficiente para pagar a corrida de R$ 50.
O condutor e um comparsa foram detidos, mas o terceiro envolvido não foi localizado e é considerado foragido. As informações são do GauchaZH.
O delegado Eibert Moreira, da Divisão do Departamento de Homicídios, informou que obteve uma série de imagens de câmeras de segurança para montar o trajeto realizado pelos criminosos.
Investigação
Conforme Moreira, por meio dos depoimentos e da análise de imagens de câmeras de segurança, é possível afirmar que o fato envolveu dois carros. Um deles é um Fiesta vermelho, do motorista de aplicativo, e o segundo é dos dois comparsas, acionados pelo condutor.
Em uma das imagens, o passageiro é visto na fila de um caixa eletrônico de um supermercado tentando sacar o dinheiro da corrida. No estacionamento, o suspeito aparece ao telefone, demonstrando inquietação com a situação, já que entra algumas vezes no estabelecimento comercial para verificar se o passageiro não havia saído do local ou para conferir o motivo da demora.
Em seguida, a vítima sai do local e conversa com o motorista. Enquanto o passageiro aguarda por alguns minutos no estacionamento, o suspeito sai a pé e — conforme a polícia apurou em depoimentos e em imagens — foi conversar com os comparsas no segundo carro. Ao voltar para o veículo, ele e o passageiro embarcam.
Os dois foram seguidos pelo outro automóvel e, depois disso, os três criminosos torturaram e mataram o passageiro. O delegado disse que os investigados escolheram uma rua com pouco movimento e poucas residências.
Os dois detidos e o foragido — com prisão preventiva decretada — têm antecedentes por lesão corporal.