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Motoboy acusa PMs por invasão e roubo de TV e ganha aparelho novo

Dinheiro para comprar televisão chegou por doações; o jovem conseguiu R$ 3 mil, mas tem medo de voltar para casa após denúncia de invasão

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Carlos Alberto da Conceição, 26 anos, acusa PMs de roubarem sua TV (1) (2)
1 de 1 Carlos Alberto da Conceição, 26 anos, acusa PMs de roubarem sua TV (1) (2) - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – “A polícia que patrulha o morro não é a mesma que serve e ajuda o morador da zona sul a atravessar a rua”. O desabafo é do motoboy Carlos Alberto da Conceição, 26 anos, nascido e criado no Morro do Dezoito, em Água Santa, na zona norte do Rio, que acusa policiais militares de terem invadido sua casa, no alto da favela, e roubado sua televisão.

Em um “vídeo cheio de ódio“, o motoboy mostrou o endereço revirado e, aos prantos, questionou a ação dos militares, que , segundo ele, mexeram em toda a residência, espalhando pertences pelo imóvel. “É isso que um cidadão de bem tem que passar? Meus documentos estão aqui, não tenho passagem pela polícia e sou um trabalhador de bem. Eu tenho dignidade e não aceito passar por isso. Estou com ódio”, disse no vídeo. Assista:

“Aí a minha casinha, humilde. Os polícia bagunçaram minha casa toda, levaram minha televisão que estava aqui em casa. Eu trabalhando, os caras vêm e leva minha televisão”, completou Carlos, que é pai de uma menina e vem recebendo doações para repor o aparelho. “Já consegui R$ 3 mil, já tenho o dinheiro. Mas ainda não consegui ir comprar”, comemora.

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Carlos Alberto é nascido e criado no Morro do Dezoito
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O motoboy acusa PMs de roubarem sua TV

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Carlos Alberto é nascido e criado no Morro do Dezoito

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Carlos ainda não registrou boletim de ocorrência e está seguindo as orientações de um advogado. O motoboy também contou, em entrevista ao Metrópoles, que não sabe se voltará a morar no espaço invadido, uma vez que é o último do alto da favela e o jovem tem medo de represálias por parte dos policiais.

“A casa foi uma herança de família, meus pais passaram para mim. Está com mofo, com alguns problemas e, por isso, eu estava fora, com a casa fechada para fazer os reparos. Agora, estou com medo de voltar para lá. Quem vai me proteger? O policial quando entra na favela, entra de máscara ninja, para não ser identificado. É muito difícil viver assim”, lamenta Carlos.

Resposta da PM

Em nota, a PM  informa que a ação teve por objetivo reprimir ações criminosas, tais como roubos de veículos e de cargas na região, e que as equipes recuperaram três automóveis roubados que foram levados por criminosos para a parte alta da comunidade.

“Até o momento, não há registro formal sobre a denúncia relatada. Cabe ressaltar que a corporação está de portas abertas para receber qualquer tipo de denúncia por suposto desvio de conduta de policiais, e verificar a veracidade dos relatos com isenção, através de seus canais oficiais”, diz o texto.

A entidade também ressalta que a ouvidoria da PM recebe reclamações, solicitações, sugestões e denúncias, entre outras demandas, por meio de seus canais oficiais: o telefone (21) 2334-6045 ou e-mail ouvidoria_controladoria@pmerj.rj.gov.br. O anonimato é garantido. A corregedoria da corporação recebe denúncias por meio de seus canais oficiais: pelo telefone (21) 2725-9098, pelo e-mail denuncia@cintpm.rj.gov.br, ou ainda, pelo WhatsApp da Corregedoria (21) 97598-4593.

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