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Mossoró (RN): líder do PCC já tentou fugir do presídio federal em 2019

José de Arimatéia Pereira Faria Carvalho, conhecido como Pequeno, tentou fugir da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) em dezembro de 2019

atualizado

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Pequeno, líder do PCC que tentou fugir da Penitenciária de Mossoró
1 de 1 Pequeno, líder do PCC que tentou fugir da Penitenciária de Mossoró - Foto: Reprodução

A Penitenciária Federal de Mossoró, presídio de segurança máxima do qual dois presos fugiram, nessa quarta-feira (14/2), já foi alvo de uma tentativa de fuga por um líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2019.

O caso aconteceu no final de dezembro daquele ano. Na ocasião, José de Arimatéia Pereira Faria Carvalho, conhecido como Pequeno, conseguiu fugir do pátio onde os internos tomavam banho de sol e roubou uma espingarda calibre 12 de posse do presídio. A ação, no entanto, foi contida por agentes de plantão.

A situação consta em uma decisão da Justiça Federal do Rio Grande do Norte, que renovou a permanência do membro do PCC na prisão de segurança máxima de junho de 2020 e até junho de 2022.

No documento, o juíz Walter Nunes da Silva Júnior cita um relatório elaborado pela penitenciária que descreve o comportamento de Pequeno durante os meses em que esteve custodiado em Mossoró. Ele foi transferido para o local em fevereiro de 2019.

“José de Arimatéia, assim como outros presos da cúpula do PCC, têm adotado uma postura ativa com relação ao funcionamento do presídio federal, observando todo o funcionamento da unidade prisional, reunindo elementos de informação para formar conhecimento sobre pontos fortes e sobretudo fracos do modelo de trabalho e da estrutura física da penitenciária federal, o que demonstra o perfil diferenciado e articulados dos líderes”, afirma o documento.

Sobre a tentativa de fuga, o magistrado destacou: “Ora, se o preso recolhido em presídio federal, que é de segurança máxima, foi capaz de praticar a referida conduta, imagine no sistema penitenciário estadual que, geralmente, não possui meios de contenção tão rígidos.”

Cartas no esgoto

No ano passado, a Justiça de São Paulo condenou Pequeno e outras seis lideranças do PCC a 12 anos de prisão por organização e execução de homicídios, rebeliões, ataques a Fóruns, distribuição de armamento e drogas, atentados contra agentes públicos e órgãos do Estado e também por promoverem guerra entre facções.

As provas que levaram o grupo à condenação foram cartas coletadas no esgoto da Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. As mensagens eram escritas por membros da facção criminosa para coordenar ações fora da cadeia.

Na sentença, ao justificar a manutenção dos condenados na cadeia, o juiz Deyvison Heberth dos Reis, do Foro de Presidente Venceslau, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), apontou o grau de periculosidade do grupo.

“Mesmo estando custodiados, os muros da prisão e o rigoroso regime fechado numa unidade de segurança máxima não foram suficientes para obstar a promoção, a integração e o exercício de liderança em sofisticada organização criminosa, voltada à prática de crimes graves”, afirmou.

Fuga de presídio

Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Deysim ou Tatu, e Rogério da Silva Mendonça fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró nessa quarta-feira. Os dois seriam ligados à facção criminosa fluminense Comando Vermelho (CV). A dupla havia sido transferida para Mossoró em setembro de 2023 depois que eles se envolveram em uma rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves, em Rio Branco (AC).

Essa foi a primeira fuga registrada do sistema federal desde a sua criação, em 2006. O presídio abriga o líder do CV, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuam para recapturar os foragidos. A PF também abriu inquérito para apurar as circunstâncias da fuga.

Considerada de segurança máxima, assim como outras quatro unidades no Brasil, a cadeia é administrada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), ligada ao Ministério da Justiça, comandado pelo recém-empossado ministro Ricardo Lewandowski.

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