metropoles.com

Mossoró: PF demorou 16 horas para ir a sítio que escondia fugitivos

Os fugitivos de Mossoró estavam escondidos no sítio do mecânico Ronaildo da Silva Fernandes e fugiram antes da chegada da PF ao local

atualizado

Compartilhar notícia

Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, fugitivos do presídio federal de Mossoró celular
1 de 1 Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, fugitivos do presídio federal de Mossoró celular - Foto: null

A Polícia Federal (PF) demorou 16 horas para chegar ao sítio em que estavam escondidos Deibson Cabral Nascimento, o “Deisinho” ou “Tatu”, e Rogério da Silva Mendonça, conhecidos como os fugitivos de Mossoró, cidade no Rio Grande do Norte. A informação foi revelada pelo Fantástico, que ouviu o homem preso acusado de ajudar os foragidos, o mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, e acompanhou as investigações do caso de perto. 

Segundo a revista eletrônica, Ronaildo foi parado em uma barreira policial na cidade de Baraúna, em 23 de fevereiro, por volta das 13h45. No momento, ele contou aos agentes que os foragidos estavam no sítio, localizado na zona rural do município. 

12 imagens
Fuga em Mossoró foi inédita na história do país
Presídio de Mossoró havia registrado tentativa de fuga menos de um ano antes da escapada inédita
Penitenciária Federal de Mossoró (RN)
Buscas pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró
Cartaz de procurado de Deibson Nascimento
1 de 12

Forças de segurança divulgaram imagens dos foragidos para tentar obter pistas

Reprodução
2 de 12

Fuga em Mossoró foi inédita na história do país

Igo Estrela/Metrópoles
3 de 12

Presídio de Mossoró havia registrado tentativa de fuga menos de um ano antes da escapada inédita

Reprodução
4 de 12

Penitenciária Federal de Mossoró (RN)

Google Maps
5 de 12

Buscas pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró

Reprodução
6 de 12

Cartaz de procurado de Deibson Nascimento

Divulgação/Defesa Social RN
7 de 12

Cartaz de procurado de Rogério Mendonça

Divulgação/Defesa Social RN
8 de 12

Cartaz de procurado de Deibson Nascimento

Divulgação/Defesa Social RN
9 de 12

Cartaz de procurado de Rogério Mendonça

Divulgação/Defesa Social RN
10 de 12

Local onde dupla ficou abrigada

Reprodução / GloboNews
11 de 12

Imagem aérea da Penitenciária Federal de Mossoró (RN)

Google Maps
12 de 12

Região permite que dupla passe noites escondida em buracos no chão

Divulgação

Ele foi liberado e chegou a levar mantimentos para Deibson e Rogério, como relatou em depoimento prestado às 22h18. O mecânico contou que foi ao sítio, por volta das 16h30, 17h, e levou “mortadela e bolacha”.

Um grupo de elite da PF foi ao endereço às 5h40 do dia 24, 16 horas após receberem a informação do paradeiro dos fugitivos, que não estavam mais no local. De acordo com policiais ouvidos pela reportagem, o tempo foi um fator essencial para que os criminosos escapassem. 

Em nota, a PF rebateu a acusação de que teria demorado para realizar a operação e garantiu que Ronaildo foi monitorado por todo o tempo desde a abordagem na barreira.

“Fui obrigado”

O mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, preso acusado de ajudar os dois presidiários que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, falou pela primeira vez sobre o caso. O Fantástico conseguiu o depoimento prestado à polícia. O investigado confirmou que auxiliou Deibson Cabral Nascimento, o “Deisinho” ou “Tatu”, e Rogério da Silva Mendonça.

“Estávamos eu, minha esposa e meu menino pequeno. Quando eram umas 11 para 12 horas, a gente estava quase dormindo e quando demos fé invadiram a porta, entraram para dentro e pegaram eu e minha esposa. Eles disseram que se a gente não fizesse o que eles me mandassem, eles iam matar eu, matar minha família. Aí eu fui obrigado a ficar assim”, detalhou o homem em entrevista ao Fantástico.

Disse ainda que foi abordado pelos dois fugitivos, os quais mandaram ele voltar para a casa em Baraúna e passar no sítio todos os dias com mantimentos para a dupla. No dia em que foi abordado pela polícia e falou que os fugitivos estavam na casa dele, Ronaildo ficou oito horas livre antes de prestar depoimento à Polícia Federal e passou no sítio para levar “mortadela e bolacha” para os foragidos.

A esposa do homem, Francisca Elizandra Miranda, também falou com os policiais. Segundo o relato dela, o marido recebeu R$ 5 mil “dos criaturas”. “Um deles pediu uma conta e falou ‘vou mandar R$ 5 mil para você. Você tire R$ 400, que foi a sua despesa, que eu acho que você gastou e o resto você deixa no mesmo local”, explicou o mecânico.

A ligação supostamente seria de Gustavo, membro do Comando Vermelho que também mora na cidade. Segundo depoimento de Francisca, ele afirmou que mandaria “um dinheiro para entregar para os meninos”, que seriam os dois fugitivos.

A fuga

Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça escaparam da prisão de segurança máxima por volta das 3h30 de 14 de fevereiro. Os criminosos, que são integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), fugiram por um buraco na parede de uma das celas.

Para a fuga, que é considerada a primeira desde a inauguração desse tipo de prisão no Brasil, os detentos utilizaram ferramentas da obra que ocorria na unidade prisional. As câmeras do local não capturaram o momento, porque não estavam funcionando.

A Penitenciária Federal de Mossoró foi inaugurada em julho de 2009 e fica em uma área rural no Rio Grande do Norte.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?