Sobe para 32 número de mortos no Sul por causa das fortes chuvas
Além dos mortos, a Defesa Civil computou cerca de 5 mil pessoas desalojadas no Rio Grande do Sul até a noite de terça-feira (5/9)
atualizado
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O número de mortos confirmados e pessoas desalojadas por conta da incidência do ciclone extratropical e das intensas chuvas no Sul do país continua a subir. Na noite da última terça-feira (5/9), o número de óbitos era de 22 – 21 no Rio Grande do Sul e 1 em Santa Catarina. Na início da manhã desta quarta-feira (6/9) foram confirmados mais seis vítimas no Rio Grande do Sul. E no fim da manhã, o governador Eduardo Leite confirmou mais quatro, em Lajeado, Estrela e Roca Sales. Assim, número de mortos chegou a 32.
Há, inclusive, previsão de chuvas intensas na região Sul, por conta do ciclone, para hoje.
Lamento pelos mortos
Mais cedo, seis mortes foram confirmadas pela Defesa Civil do RS e pelo governador do estado, Eduardo Leite (PSDB-RS). Leite lamentou, nas redes sociais, as vidas perdidas e reforçou o trabalho de resgate no estado.
Recebi, há pouco, a confirmação de mais 6 mortes, no município de Roca Sales, no Vale do Taquari. Lamentamos cada vida perdida e estamos trabalhando para fazer todos os resgates possíveis nas regiões mais atingidas. Milhares de pessoas já foram salvas por nossas equipes.
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) September 6, 2023
Depois, em coletiva, Leite apontou mais quatro vítimas, chegando a um total de 32 mortos até o fim da manhã desta quarta-feira (6/9). Além de 31 vítimas no Rio Grande do Sul, há uma morte em Santa Catarina.
Eduardo Leite também confirmou que os helicópteros da Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil estão empregados nos resgates no Vale do Rio Prado. Há apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Força Aérea Brasileira (FAB) e Marinha.
As atenções se dirigem agora, também, para o Vale do Rio Pardo. Helicópteros da Brigada, dos Bombeiros e da Civil são empregados para resgates, com o apoio de 1 aeronave da PRF, 1 da FAB e 1 da Marinha. Trabalho para que as forças armadas possam liberar + aeronaves o quanto antes
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) September 6, 2023
A Defesa Civil computava cerca de 5 mil pessoas desalojadas no Rio Grande do Sul. O número de municípios que reportaram eventos como tempestades, inundações e enxurradas está na casa dos 67, no RS. Centenas de pessoas tiveram que subir nos telhados de suas casas para fugir das enchentes, e muitas delas tiveram que ser resgatadas por helicópteros de forças como a PRF. A cidade de Muçum chegou, inclusive, a ficar 80% embaixo d’água.
Entre os locais mais afetados pelas condições climáticas em questão, estão Passo Fundo, Serafina Corrêa, Taquari, Roca Sales, Vacaria e Cruz Alta.
Em resposta ao caso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou na terça-feira (5/9) que o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros, visitará as regiões do Rio Grande do Sul afetadas pela passagem do ciclone extratropical nesta quarta (6/9).
Como se proteger
Em caso de enchentes, recomenda-se sempre buscar lugares altos e conhecer bem o local em que você está, ou que vai morar. Mas o mais importante é não tentar atravessar as águas da enchente, já que muitas vezes a correnteza não se mostra visível. Também é aconselhado a não dirigir nessas regiões e, se for inevitável, tentar expor o mínimo do corpo (se estiver a pé) ou do veículo às águas.
Confira sugestões do que fazer:
- Esteja atento às notícias se você vive em áreas de inundação;
- Busque locais altos;
- Conheça os locais próximos que podem inundar (rios, córregos, etc) e mantenha-se longe deles;
- Caso esteja em casa quando a enchente começou, leve itens de sobrevivência (água potável, alimentos prontos e roupas secas) e de primeiros socorros durante a fuga;
- Caso não consiga sair de casa, coloque os itens de sobrevivência e primeiros socorros no andar superior;
- Não tente proteger seus pertences;
- Desligue a energia elétrica;
- Feche registros de água;
- Não tente atravessar a enchente (nem sempre a correnteza está visível na parte superior);
- Se tiver que entrar na água, busque por regiões em que o mínimo possível do seu corpo entra nela;
- Fique longe de linhas elétricas;
- Não dirija em áreas inundadas – 50cm são o necessário para fazer o carro flutuar e 10cm para perder o controle dele.