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Mortes de profissionais de saúde desabam no Brasil, mas medo de nova onda da Covid aumenta

Óbitos caíram 77,5% no último trimestre entre trabalhadores da enfermagem e médicos. Categoria, porém, teme variante Delta e reabertura

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Médico intensivista Euler Sousa, que atua na linha de frente da Covid em Goiânia
1 de 1 Médico intensivista Euler Sousa, que atua na linha de frente da Covid em Goiânia - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Levantamento sobre mortes entre profissionais de saúde em todo o Brasil mostra que a vacinação contra a Covid-19 nesses profissionais vem alcançando efeitos positivos. No último trimestre, houve redução de 77,5% nos óbitos contabilizados entre médicos, enfermeiros e técnicos, em relação ao trimestre anterior.

No total, foram 339 mortes ocorridas em março, abril e maio deste ano, contra 76 em junho, julho e agosto. Os números foram compilados pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, junto aos dados coletados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

No total, durante a pandemia, 825 profissionais da enfermagem e 844 médicos de diversas especialidades morreram devido a complicações da Covid-19, totalizando 1.669 vítimas.

Na análise por unidade federativa, São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas tiveram o maior número de falecimentos, com 171, 162 e 136 óbitos de profissionais de saúde, respectivamente. Goiás e Distrito Federal estão em 7º e 19º lugares, com 73 e 36.

As entidades, porém, alertam para uma possível subnotificação dos dados, o que mascararia a existência de mais casos. Segundo o CFM, por exemplo, os informes diminuíram consideravelmente nos últimos dois meses.

Eduardo Fernando, coordenador do Comitê Gestor de Crise do Conselho Federal de Enfermagem, explica que a situação atual só foi possível devido à vacinação entre os profissionais. “Quando a população se contamina, o profissional de saúde também se contamina. Nós ficamos 24 horas do nosso dia em frente a leitos de pacientes, então estamos mais vulneráveis. Essa queda é, com toda a certeza, reflexo da vacinação dos profissionais – e também da população”, frisa.

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Euler segura uma máscara de ventilação não invasiva. Hospitais têm dificuldades com falta de insumos
Militar fazendo desinfecção do Hran
Equipe médica transporta paciente em maca
Profissionais de saúde fazem parte do grupo prioritário para receber a vacina contra a Covid-19 no Brasil
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Servidores ficaram encantados com a homenagem recebida

Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF
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Euler segura uma máscara de ventilação não invasiva. Hospitais têm dificuldades com falta de insumos

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Militar fazendo desinfecção do Hran

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Equipe médica transporta paciente em maca

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Profissionais de saúde fazem parte do grupo prioritário para receber a vacina contra a Covid-19 no Brasil

Hugo Barreto/Metrópoles

Mesmo com a queda dos números nos últimos meses, o medo de uma nova onda, entretanto, assusta os profissionais, principalmente devido ao aumento da quantidade de infectados pela variante Delta no território nacional. Dados da Rede Genômica da Fiocruz mostram que a cepa foi responsável por 46,5% dos casos sequenciados em agosto.

A variante, aliada com o abrandamento das medidas preventivas em todo o país, assusta quem está na linha de frente de combate à doença desde o começo da pandemia. “Muitas pessoas pensam que quando tomam duas dose de vacinas estão completamente imunizadas. Daí começa o relaxamento de medidas preventivas sanitárias. Mas isso é um risco”, adverte Eduardo Fernando.

“Nós, do Comitê de Crise do Conselho Federal de Enfermagem, já estamos nos preparando para os próximos feriados, por exemplo. Porque a pandemia ainda não acabou, e precisamos continuar a ser cuidadosos com o vírus”, salienta.

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