Mortes em ações policiais no Rio: Witzel é denunciado à ONU
Governador defende a política de segurança pública, baseada em enorme impulso à repressão, adotada por ele desde o início do mandato
atualizado
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A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e a deputada federal Talíria Petrone (PSol-RJ) denunciaram à Organização das Nações Unidas (ONU) o que consideram uma “agenda genocida” do governador Wilson Witzel (PSC), ressaltando que as mortes em confrontos com policiais no estado do Rio chegaram a um nível recorde no primeiro trimestre deste ano. São informações do portal UOL.
Nessa segunda, Witzel, em coletiva de imprensa, defendeu a política de segurança baseada em enorme impulso à repressão adotada por ele desde o início do mandato e em nenhum momento sentiu necessidade de pedir desculpas por algum erro de condução ou mesmo por um problema pontual de ação policial.
O governador afirmou que os responsáveis pela morte de Ágatha Vitória Sales Félix, 8 anos, na última sexta-feira (20/09/2019), são aqueles que “usam substâncias entorpecentes de forma recreativa”.
Abate de criminosos
De acordo com Renata, que também encaminhou ofício à Organização dos Estados Americanos (OEA), as 434 pessoas mortas em ações das forças de segurança, entre janeiro e março deste ano, estão diretamente relacionadas à “permissividade do governador, que se mostra favorável ao ‘abate’ de criminosos” que estejam portando fuzis e ao uso de helicópteros como plataformas para realização de tiros durante operações.
Caso as denúncias sejam aceitas, o Brasil pode responder pelas mortes em cortes internacionais. Os documentos pedem que a ONU recomende formalmente ao Estado brasileiro a redução da letalidade em ações policiais e que o organismo avalie a conduta de Witzel, que encorajaria a letalidade de agentes de segurança.