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Mortes de Yanomamis são mais altas do que o divulgado, admite governo

Governo federal tem trabalho em ações permanentes para combater a crise sanitária e de saúde na terra indígena Yanomami

atualizado

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atendimento Yanomami
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A secretária de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, admitiu, nesta quinta-feira (22/2), que há uma subnotificação das mortes registradas em 2023 na terra indígena Yanomami.

“Ainda temos alguns polos fechados, nós estamos recompondo as equipes. Havia uma questão de insegurança no início, então as equipes começaram a se descolar mais no segundo semestre. Então temos a certeza que certamente temos subnotificação, mas agora sabemos que temos e sabemos onde temos, e temos o mapeamento, o diagnóstico do que está acontecendo no território”, afirmou a secretária de Vigilância e Saúde.

Segundo o próprio Ministério da Saúde, ao longo de 2023, primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram registradas 363 mortes de indígenas Yanomamis. O número representa um aumento em comparação com o ano anterior, quando 343 indígenas perderam a vida.

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Atendimento de indígenas Yanomami em fevereiro de 2023
Força Nacional do SUS atua na Terra Indígena Yanomami, em fevereiro de 2023
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Atendimento na terra yanomami

Fernando Frazão/Agência Brasil
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Atendimento de indígenas Yanomami em fevereiro de 2023

Fernando Frazão/ Agência Brasil
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Lucas Leffa
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Força Nacional do SUS atua na Terra Indígena Yanomami, em fevereiro de 2023

Ministério da Saúde/Divulgação

No entanto, o Ministério da Saúde reforça que há uma subnotificação dos dados sobre mortes de Yanomamis durante o último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Ethel Maciel participou de uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto ao lado da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSol-SP), da presidente substituta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Lucia Alberta Andrade, e do secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba.

A secretária de Vigilância e Saúde reforçou ainda que os dados de 2022 também apresentam uma subnotificação, visto a falta de profissionais de saúde e os polos base fechados, em decorrência da ação do governo Bolsonaro.

“Nós tínhamos, no momento que assumimos sete polos fechados, se não há profissional de saúde, as mortes são perdidas, não conseguimos ter no nosso sistema essa informação”, destaca Ethel Maciel.

A ministra dos Povos Indígenas frisa que não há um descaso do governo federal para retirada de invasores da terra indígena Yanomami, e ressalta a complexidade do território para chegada de agentes de segurança. “Não houve descaso em nenhum momento, diferente do governo anterior.”

Os representantes do governo federal destacam que as ações do último ano foram emergenciais e que estão trabalhando em projetos permanentes para garantir a saúde da população Yanomami e o combate a crimes na terra protegida.

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