Morte de ganhador da Mega-Sena: saiba como agiram os criminosos
A Polícia Civil de Piracicaba detalhou o crime que matou Jonas Lucas Alves Dias na última quarta-feira (14/09)
atualizado
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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de Piracicaba, detalhou, neste sábado (17/09), o modus operandi dos criminosos que mataram o milionário Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos. Morador da cidade de Hortolândia, em São Paulo, Jonas foi ganhador da Mega-Sena em 2020 e recebeu R$ 47,1 milhões na loteria.
Durante entrevista coletiva, a delegada Juliana Ricci, responsável pelo caso, afirmou que quatro suspeitos de envolvimento no crime foram identificados. Desses, um está preso. Eles são acusados de matar e roubar mais de R$ 20 mil da vítima.
Como aconteceu o crime
De acordo com a delegada, Jonas foi abordado pelos criminosos na manhã de terça-feira (13/09) em dois carros: uma caminhonete S10 prata e um Ford Fiesta de cor preta. Quem dirigia a caminhonete era Vini, que tem 22 anos e algumas passagens pela polícia. O segundo veículo era guiado por um homem de 38 anos que não possui ficha na Justiça.
O “arrebatamento” da vítima aconteceu a cerca de 100 metros de sua casa. Dali, Jonas teria sido submetido a uma sessão de tortura para que fornecesse suas informações bancárias, como a senha do cartão.
A polícia estima que Jonas tenha ficado cerca de 20 horas com os criminosos. Após a sessão de “extrema violência”, teria “desfalecido” e o corpo jogado à beira de uma rodovia em São Paulo, quando foi encontrado por uma equipe de socorro.
Através de câmeras de segurança, a polícia concluiu que Vini teria utilizado o Fiesta para ir a uma agência bancária na cidade de Campinhas, também em São Paulo. Registros internos do local mostram que o suspeito realizou dois saques de R$ 1 mil e habilitou o próprio celular para fazer movimentações bancárias em nome de Jonas.
Com acesso à conta da vítima, o criminoso transferiu a quantia de R$ 18,6 mil para uma terceira pessoa envolvida no crime, uma mulher de 24 anos. Além dos três, um homem também foi preso sob suspeita de participação crime: Rogério Spindola, de 48 anos.
Spindola possui várias passagens pela polícia, entre elas homicídio e tentativa de homicídio, furto, estelionato, corrupção e lesão corporal. Até o momento, ele é o único preso pela morte de Jonas e foi detido na manhã deste sábado (17/09). De acordo com as forças de segurança, o criminoso está em egresso prisional desde dezembro de 2021, onde passou cerca de 15 anos cumprindo penas.
Mais pessoas podem estar envolvidas
Durante coletiva de imprensa, a delegada também afirmou que os criminosos tentaram fazer uma segunda transação bancária para uma conta de pessoa jurídica que não teve suas informações reveladas. Até o momento, quatro mandados de prisões temporárias já foram expedidos pelo crime.
As quatro pessoas sob investigação seriam moradoras da cidade de Santa Bárbara D’Oste, cidade próxima à da vítima, e não teriam qualquer relação com Jonas. A hipótese de mais envolvidos, no entanto, não é descartada.
“As diligências prosseguem para a identificação de outros participantes e do destino do dinheiro que foi subtraído da vítima”, afirma a delegada Juliana Ricci.