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Morte de bebê em piscina após prisão do pai foi por vingança, diz PCGO

Criança foi encontrada morta após o pai ser levado à delegacia por suspeita de roubo; morte foi provocada por um primo da vítima

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Reprodução/Tv Anhanguera
goias bebe morto por vingança
1 de 1 goias bebe morto por vingança - Foto: Reprodução/Tv Anhanguera

Goiânia – Miguel Tayler Pereira Gualberto, de 1 ano, que morreu afogado na piscina de casa após a prisão do pai, foi morto por vingança. A Polícia Civil de Goiás concluiu que a morte da criança foi provocada por um primo, de 26 anos, após uma briga familiar.

O caso aconteceu no dia 3 de julho de 2020, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a família, o bebê estava com o pai, o agente de monitoramento Jonas Pereira Gualberto, e mais dois irmãos, de 3 e 6 anos, quando policiais militares chegaram no local e prenderam Jonas por suspeita de roubo. No momento da ação, a mãe das crianças estava no supermercado.

Durante as investigações, Jonas afirmou que tinha saído de casa para pegar uma vassoura, quando foi rendido pelos militares. Ele relatou que foi algemado e levado para a delegacia antes de contar que os filhos ficariam sozinhos na casa. À época, ele foi liberado, pois não foi reconhecido pela vítima do assalto.

Jonas disse que ficou sabendo do afogamento do filho ainda na delegacia, pela irmã. A família chegou a acusar os policias de negligência, pois acreditavam que a morte teria sido causada pelo fato das crianças estarem sozinhas. Porém, os PMs afirmaram que não sabiam que as crianças estavam sozinhas, o que levantou a suspeita da polícia para a participação do primo.

Vingança

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Humberto Soares, o sobrinho de Jonas foi o último adulto a ver a criança com vida e teria provocado a morte do bebê, após uma briga familiar. Ele teria ido ao local buscar uma motocicleta, a pedido de familiares.

“Esse jovem levou uma surra do tio, que era o pai do bebê, semanas antes de a criança se afogar. Durante a reprodução simulada, nós constatamos que ele foi o último adulto a ver a criança com vida e praticou o crime para se vingar do tio”, disse o investigador ao portal G1.

Um pedido de prisão preventiva chegou a ser feito ao Judiciário, no entanto, foi negado. O jovem, que foi indiciado por homicídio doloso, que é quando há a intenção de matar, em janeiro deste ano, mesma data da conclusão das investigações, responde ao processo em liberdade.

Apuração

Conforme as investigações, ao chegar na casa do tio, que havia sido levado à delegacia, o jovem ficou sozinho com as crianças e foi embora antes que família encontrasse o bebê morto dentro da piscina. 

Segundo o delegado, em depoimento, o jovem contou diferentes versões sobre o fato. Na última, ele afirmou que deixou o bebê no corredor que leva à piscina, no entanto, negou que tenha jogado a criança na água.

“Esse bebê tinhas algumas deficiências na coordenação motora, o que o impedia de chegar sozinho até a piscina, subir os degraus que estavam na borda e pular na água. Com isso, concluímos que esse jovem ou jogou a criança, na pior hipótese, ou a colocou em perigo e não impediu que o pior acontecesse”, completou o Soares.

Ainda segundo a corporação, o fato do rapaz ter tido contato com a criança e não ter impedido a morte o qualifica como responsável pelo resultado. Por isso, de acordo com o delegado, o primo do bebê foi indiciado.

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