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Morta na Argentina, brasileira alugou barriga para filhos de assassino

Fernando Alves Ferreira, que havia contratado a vítima, se declarou culpado do crime. Eles moravam juntos em Bariloche

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Eduarda Santos
1 de 1 Eduarda Santos - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Fernando Alves Ferreira, assassino confesso de Eduarda Santos de Almeida, de 27 anos, disse, em audiência de custódia, que contratou a vítima para ser barriga de aluguel e, após isso, passou a ser chantageado por ela. O homem matou a brasileira com nove tiros, na cidade de San Carlos de Bariloche, na Argentina.

O assassino confesso contou que ele e o marido contrataram Eduarda para que ela desse à luz os filhos gêmeos do casal. O companheiro de Fernando, no entanto, foi contaminado com a Covid-19 e morreu há sete meses. Desde então, Fernando e Eduarda passaram a morar juntos.

Segundo o relato de Fernando, Eduarda passou a fazer exigências que não estavam previstas no contrato de barriga de aluguel.

Além de pedir maiores quantias de dinheiro, a jovem o ameaçava, segundo ele, de levar as crianças para o Rio de Janeiro, onde residia antes de ir à Argentina, e dizia ter ligação com o tráfico.

Se condenado, Fernando poderá pegar uma pena de 20 a 30 anos de prisão pelo crime de feminicídio na Argentina.

Entenda o caso

Eduarda Santos de Almeida foi vítima de feminicídio em Bariloche. Fernando Ferreira se declarou culpado do crime e alegou que estava “correndo risco de vida” por ter notado que faltavam munições de uma arma que o casal brasileiro tinha.

O corpo de Eduarda foi encontrado na região turística de Circuito Chico com vários hematomas e marcas de nove tiros.

Segundo o jornal argentino El Cordillerano, Fernando se apresentou à Justiça no último dia 18, mesmo contra a recomendação dos advogados de defesa.

“Gostaria de receber apoio psicológico e me declaro culpado pela morte de Eduarda Santos. Sou responsável. Não planejei, mas tive a opção, considerando que minha vida estava em perigo. Desculpe, mas minha vida veio em primeiro lugar”, disse o criminoso.

Além de acompanhamento psicológico, o homem pediu investigação no celular e disse que a segurança dos filhos estaria em primeiro lugar. “Minha cunhada já chegou a Bariloche e é responsável pelos meus filhos. Neste momento, é a coisa mais importante para mim”, frisou.

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