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Morre jovem indígena que teve corpo queimado em restaurante do RS

Jovem indígena Jaqueline Tedesco estava em coma induzido desde sábado, após ter 30% do corpo queimado em acidente com aparelho de fondue

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Arquivo pessoal
Imagem colorida da jovem Jaqueline Tedesco, que teve 30% do corpo queimado e morreu nesta sexta-feira - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da jovem Jaqueline Tedesco, que teve 30% do corpo queimado e morreu nesta sexta-feira - Metrópoles - Foto: Arquivo pessoal

A jovem indígena Jaqueline Tedesco, de 26 anos, que estava em coma induzido desde sábado (9/3) após ter 30% do corpo queimado em um acidente com um aparelho de fondue, em um restaurante de Rio Grande (RS), morreu na madrugada desta sexta-feira (15/3). De acordo com a advogada da família, Jaqueline teria tido duas paradas cardíacas.

A pedido da Polícia Civil, o corpo da jovem deve passar por necropsia, para que a causa da morte seja confirmada. Informações sobre velório e enterro não foram divulgadas.

Caso

O caso aconteceu no sábado (9/3), quando a indígena da tribo Kaingang comemorava a sua formatura em direito na Universidade Federal de Rio Grande (Furg) em um restaurante de fondue. Jaqueline estava acompanhada do namorado, amigos e familiares.

O acidente aconteceu no reabastecimento do rechaud – fogareiro usado para manter a comida quente, o qual continha resquício de chama. Ao portal G1, o namorado dela disse que o vestido dela começou a pegar fogo. A jovem sofreu queimaduras graves no queixo, braços, seios e mãos.

O que diz o restaurante

Em uma nota publicada nas redes sociais, o restaurante afirmou que o “incidente ocorreu nо reabastecimento do rechaud, o qual continha resquício de chama, resultando no espalhamento e ferimento em uma de nossas colaboradoras e cliente”.

O estabelecimento também apontou que “imediatamente ao fato, prestamos toda assistência à colaboradora e à cliente, e estamos acompanhando de perto a recuperação”. O restaurante ainda diz trabalhar “para entender a causa exata e implementar redobrada medida preventiva para garantir que tal fato não aconteça novamente”.

Na quinta-feira (14/3), os advogados Affonso Celso Pupe Neto e Eduardo Pias Silva, que representam o restaurante Le Petit, enviaram uma nota ao portal GZH. Leia a íntegra do texto enviado:

“Em razão do evento acidental ocorrido na data de 09/03/2024 nas dependências de nosso restaurante, informamos que, diferentemente de algumas notícias e manifestações lançadas em redes sociais, desde o evento acidental ocorrido na data 09/03 com Jaqueline Tedesco, a empresa e seus administradores vêm prestando toda a assistência material que é solicitada pela família de Jaqueline, bem como, sistematicamente, buscando obter informações atualizadas sobre seu estado de saúde.

Independentemente do trâmite dos procedimentos legais de apuração dos fatos (os quais ainda se encontram em estágio embrionário e não tiveram conclusão final emitida pelas autoridades), desde o acontecido o restaurante Le Petit se prontificou e, efetivamente, passou a contribuir com o custeio das necessidades indicadas pelos familiares da jovem (medicamentos, transporte e insumos requisitados por seus familiares), assim agindo como forma de demonstração real de respeito e solidariedade a situação após o incidente, sentimentos esses que são inabaláveis em nossa cultura corporativa.

Além disso, tão logo instados pela autoridade policial responsável pela apuração dos fatos – a qual, registre-se, até o momento, vem conduzindo os trabalhos de forma célere e comprometida com a compreensão da realidade –, os administradores do restaurante passaram a colaborar imediatamente para os esclarecimentos necessários, na pois possuem absoluta confiança no trabalho dos órgãos do Estado e em suas vindouras conclusões, detendo, assim, total convicção de que a investigação, com base em indícios e provas concretas, revelará a realidade ocorrida.

Como referido, para além de qualquer questão relacionada ao mérito do evento e sua definitiva apuração, o restaurante, através de seus administradores, possui como filosofia existencial o absoluto respeito por todos os seus consumidores e é concretamente solidário a Jaqueline e seus familiares.

Restaurante Le Petit

através de seus advogados.”

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