Morre idosa que passou 8h agarrada em parreira durante enchente no RS
Ainda não se sabe se a morte de idosa tem relação direta com a hipotermia que sofreu durante o tempo que ela ficou submersa
atualizado
Compartilhar notícia
Elma Berger de Souza, de 99 anos, que ficou agarrada a uma parreira por mais de oito horas à espera de socorro durante a enchente que atingiu Roca Sales, no Rio Grande do Sul, morreu nessa quinta-feira (14/9). A idosa ficou internada durante quatro dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e foi transferida para um quarto na segunda-feira (11/9).
Segundo um dos netos, ela teve falência dos rins e não houve condições hábeis para um transplante. Ainda não se sabe se há relação direta com a hipotermia que sofreu durante o tempo que ela ficou submersa.
Elma Berger foi uma das sobreviventes da maior tragédia climática registrada no Rio Grande do Sul. Ela estava com uma cuidadora quando a água do Rio Taquari, que subiu 13 metros, invadiu a casa que residia. Elas ficaram mais de oito horas aguardando o resgate.
A idosa chegou a contar que cantava uma música pedindo socorro, enquanto aguardava por ajuda. “Fiquei rezando, cantamos eu e a minha cuidadora: ‘Mãezinha do céu, nos ajuda'”, disse ela à afiliada da Rede Globo, RBS.
Comoção e tristeza por idosa
Nas redes sociais, a morte da idosa gerou comoção. Raní de Souza, produtor de conteúdo visual de Passo Fundo (RS), fez uma arte em homenagem à aposentada e publicou no Instagram.
Na publicação ele escreve: “Que o paraíso lhe receba e que sua cidade se reconstrua assim como tantas outras cidades atingidas pelas enchentes. Que a família da dona Elma e de todas as tantas vítimas, tenham forças para continuar a jornada da vida.”
Outros internautas comentaram a postagem prestando suas condolências. “Descanse em paz!”, escreve um. “E no ‘ fim’ ela ainda deu aula sobre fé, superação, perseverança, luta…ela foi brava! Obrigada D.Elma”, diz outro.
O velório de Elma acontece na Câmara Municipal de Roca Sales e o enterro será no cemitério da cidade.