Morre catador que tentou ajudar músico fuzilado com 80 tiros no Rio
Luciano Macedo ficou ferido após a ação do Exército e passou por dois procedimentos médicos, mas não resistiu
atualizado
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O catador Luciano Macedo, de 28 anos, morreu no Hospital Carlos Chagas, no Rio de Janeiro, após 11 dias internado em estado grave. Ele foi baleado ao tentar ajudar o músico Evaldo Rosa, morto após o carro em que estava ser alvejado por 80 tiros, disparados por homens do Exército. As informações são do jornal O Dia.
O catador passou por dois procedimentos médicos: uma traqueostomia e uma cirurgia no pulmão. No entanto, não resistiu e o óbito foi confirmado nessa quarta-feira (17/04/19). Um dia antes da morte de Luciano, a Justiça havia determinado a transferência dele para o Hospital Municipal Doutor Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque de Caxias, mas a ação não foi realizada.
Ele deixou a mulher Diana Horrara, grávida de cinco meses. A família recebe apoio da ONG Rio de Paz e do escritório João Tancredo.
Luciano Macedo ficou gravemente ferido, com complicações pulmonares, após a ação que matou Evaldo dos Santos Rosa. No veículo fuzilado estavam a mulher do músico e o filho do casal, uma criança de 7 anos, que saiu ilesa. Dez dos 12 oficiais que atiraram 80 vezes contra o carro da família foram presos no dia 8 de abril pelo Exército.