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Morre Carlos Terena, criador dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Líder indígena estava hospitalizado desde 24 de maio após ser diagnosticado com o novo coronavírus

atualizado

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Arquivo pessoal
Líder indígena Carlos Terena, morto aos 66 anos
1 de 1 Líder indígena Carlos Terena, morto aos 66 anos - Foto: Arquivo pessoal

O líder indígena Carlos Terena (foto em destaque), idealizador dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, faleceu na noite deste sábado (12/6), aos 66 anos, em decorrência de complicações causadas pela Covid-19, em Brasília.

Ele estava hospitalizado desde 24 de maio, no Hospital das Clínicas da Ceilândia, ao ser diagnosticado com a doença.

O líder indígena foi tratado contra o novo coronavírus, mas as inúmeras comorbidades, segundo a família, contribuíram para o agravamento do quadro. Ele foi transferido para o Hospital de Campanha do Autódromo, em 28 de maio.

Carlos Terena faleceu após uma parada cardiorrespiratória, às 22h38 de ontem. Ele deixa duas filhas, Melissa Mõngé, de 30 anos, e Maíra Elluké, de 36; e a esposa, Terezinha Batista, de 62 anos.

O enterro ocorrerá às 14h desta segunda-feira (14/6), no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.

Carlos Terena nasceu no distrito de Taunay, município de Aquidauana (MS). Muito jovem, foi para a capital federal em busca de novas oportunidades. Foi ativista em demarcações de terras indígenas.

Ele também foi o criador, idealizador e coordenador-geral dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas.

“Carlos Terena será sempre lembrado por sua coragem, intrepidez, inteligência e sabedoria ancestral. Foi um líder, realizador, homem visionário, apaixonado por suas raízes, tradições e cultura. Ele nos deixa um legado de paixão pelo trabalho com os povos indígenas, de sempre acreditar nos nossos sonhos e uma forte inspiração: para sempre ter orgulho de quem somos”, assinalou a família, em nota.

Ao Metrópoles, Melissa Môngé relatou que Marcos Terena, irmão de Carlos, deverá dar continuidade aos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. O tio dela também foi um dos fundadores do evento esportivo.

“A ideia é que a gente continue dando andamento a isso, junto com o Marcos Terena. A gente tem uma perspectiva de que próxima edição aconteça em 2022”, relata a filha.

A última e primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas ocorreu em 2015. “Meu pai veio muito cedo para Brasília e trouxe essa questão do resgate cultural, dar mais visibilidade às pautas indígenas. Veio por causa de um sonho, e reuniu os povos do mundo inteiro”, declara Melissa.

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