Morre, aos 93 anos, o ex-presidente da Câmara e do STF Célio Borja
Ex-magistrado faleceu no no Rio de Janeiro, vítima de pneumonia bacteriana. Ele trabalhou com Juscelino, Sarney e Collor
atualizado
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Aos 93 anos, morreu nesta terça-feira (28?9), no Rio de Janeiro, vítima de pneumonia bacteriana, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente da Câmara dos Deputados Célio Borja.
Natural do Rio de Janeiro, formou-se em direito em 1951 pela antiga Universidade do Estado da Guanabara, atual Uerj. Ligado à Igreja Católica foi integrante da Juventude Universitária Católica e filiou-se à União Democrática Nacional (UDN). Borja foi eleito vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1948.
Nomeado assessor do governo Juscelino Kubitschek em 1959, trabalhou com o então ministro da Justiça, Adroaldo Mesquita da Costa. Após deixar o cargo, foi convidado pelo deputado federal Aliomar Baleeiro para ingressar na política.
Em 1962 foi suplente de deputado estadual pela UDN e convocado a exercer o mandato após a nomeação de Raimundo de Brito para a Secretaria de Saúde do Estado da Guanabara no governo Carlos Lacerda. Foi líder do governo na Assembleia Legislativa.
Após a Revolução de 31 de março de 1964, Borja ingressou na Arena, partido de sustentação dos governos militares. Foi eleito deputado federal pela antiga Guanabara em 1970 e 1974 e, a partir de 15 de março de 1975, por força de lei sancionada no governo Ernesto Geisel, chegou ao posto de líder da bancada arenista e de presidente da Câmara dos Deputados em fevereiro de 1975.
Foi fundador do Partido da Frente Liberal (PFL) e nomeado assessor especial pelo presidente José Sarney por um ano até ser indicado ministro do STF em 1986. Em 21 de maio de 1991, foi eleito presidente da Corte, exercendo o cargo de 21 de maio de 1991 a 1º de abril de 1992.
Impeachment
Aposentado por decreto de 31 de março de 1992, assumiu o Ministério da Justiça naquele mesmo ano, a convite do presidente Fernando Collor em 2 de abril. Uma vez no cargo, Borja acompanhou todo o processo que resultou no impeachment de Collor. Deixou o cargo em outubro de 1992, com a posse de Itamar Franco, retornando ao magistério e à advocacia.
Em nota, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, disse que a vida profissional de Célio Borja foi marcada por “caminhos diversos que o transformaram em um homem público de grande relevância nacional: foi professor de direito constitucional, deputado estadual e deputado federal por três legislaturas, chegando à presidência da Câmara dos Deputados”.
Velório
O velório de Célio Borja está previsto para as 11h desta quarta-feira (29/6), no Cemitério da Penitência, no Caju, zona portuária do Rio, onde o corpo será cremado às 14h.
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