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Morre, aos 73 anos, a jornalista carioca Anna Maria Ramalho

Colunista, que trabalhou em jornais como o Estadão e O Globo, perdeu a luta contra dois tumores no pulmão esquerdo

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A jornalista e colunista Anna Maria Ramalho, que trabalhou em jornais como o Estadão e O Globo, faleceu nesta quarta-feira (27/7), aos 73 anos, após uma falência respiratória associada a infecção e outras complicações ocorridas nos últimos dias, incluindo embolia pulmonar.

Anna Maria iniciou a carreira em 1971, nas revistas Manchete e Pais & Filhos. Depois, passou pela sucursal carioca do Estadão. Em 1977, entrou no jornal O Globo para trabalhar na Coluna Carlos Swann. Em 1990, foi para a coluna de Zózimo Barrozo do Amaral, no Jornal do Brasil.

O colunismo social começou em 1992, numa passagem pelo O Dia, quando, junto com Fred Suter, assinou a coluna Balaio. Em 2000, voltou ao Jornal do Brasil e, paralelamente ao seu trabalho na redação, cria seu próprio site de notícias.

Em 3 de maio deste ano, Anna Maria teve a notícia de que estava com dois tumores no pulmão esquerdo, malignos e inoperáveis. Ela contou em um texto sincero em seu site sobre o diagnóstico.

Humor ácido

“Pensei muito se deveria escrever sobre um problema tão delicado e pessoal. Não pretendo ser a influencer do câncer, a lacradora da moléstia, me exibir nas redes, colecionar likes – hoje, tudo se resume a isso, né, não?”, escreveu, sem perder seu humor ácido.

O tratamento com quimioterapia e radioterapia começou no dia 30 do mesmo mês. E um mês depois ela fez um segundo texto contando sobre o cenário. Sempre otimista, ela escreveu: “Fiquei abalada. Mas já sacudi a poeira rapidinho. O importante é ficar boa, seguir na luta para expulsar esses milicianos bandidos que não vão tomar meu território de jeito nenhum”. Também postou fotos de cabelos curtos e das perucas que estava experimentando. Sempre com um sorriso no rosto.

Anna Maria deixa um filho, o chef Christiano Ramalho, a nora Carol, duas netas, Antonia e Olívia, uma irmã, Bel, e os dois sobrinhos, a advogada Maria Clara e o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

“Ela sempre foi uma referência de ética e comprometimento para mim. Saia de casa para trabalhar de manhã e voltava de madrugada. Era uma época que os grandes furos estavam misturados com a agenda do high society. Ela trabalhava o dia inteiro. Na sua casa sempre estiveram presentes os maiores jornalistas do país, amigos da vida toda”, disse Amado.

A Associação Brasileira de Imprensa publicou uma nota em solidariedade aos familiares e amigos.

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