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Moro: “Sem motivo para suspeitar da integridade do processo eleitoral”

Moro também disse que ainda define eventual candidatura, algo que será decidido em conjunto com lideranças partidárias do União Brasil

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Após filiação ao União Brasil Sérgio Moro faz um pronunciamento no Hotel Intercontinental, em São Paulo. Ele fala diante de microfones e usa terno - Metrópoles
1 de 1 Após filiação ao União Brasil Sérgio Moro faz um pronunciamento no Hotel Intercontinental, em São Paulo. Ele fala diante de microfones e usa terno - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro (União) afirmou nesta terça-feira (10/5) que não vê “nenhum motivo para desconfiar do processo eleitoral” e disse que questionamentos do tipo são perigosos, porque podem ser utilizados para questionar o resultado das eleições. 

“A gente tem que defender a democracia, que envolve tanto uma eventual reeleição como uma eventual troca do governante do momento. Eu não vejo nenhum motivo para desconfiar da integridade do nosso processo eleitoral no momento, e como não vai haver uma alteração desse procedimento, eu acho esse questionamento perigoso, porque pode ser usado depois para questionar a legitimidade das nossas eleições”, alegou em entrevista à Jovem Pan, nesta terça (10/5).

Ele falou ainda que está “construindo” o seu papel na eleição de outubro, e não disse se será candidato ao Senado, à Câmara dos Deputados ou a outro cargo. Moro explicou que seu movimento de deixar o Podemos para se filiar ao União Brasil foi no intuito de “ajudar a construir esse centro unificado”, mas que a definição de candidatura ocorrerá em conjunto com a sigla.

“Eu não posso chegar no meu partido e dizer ‘eu sou o dono da bola e faço com ela o que eu quiser’. É claro que eu tenho um nome relevante politicamente, mas isso vai ser uma decisão que compete a mim, mas compete também ali dentro das lideranças partidárias”, pontuou.

“O mais importante é que nós continuemos a carregar essas bandeiras de combater a corrupção. A gente tem que voltar a falar em prisão em segunda instância, em acabar com o foro privilegiado, em ter autonomia da Polícia Federal, a gente precisa falar de segurança pública. Essas bandeiras são essenciais e a minha volta ao Brasil e a minha continuidade na política é porque alguém precisa carregar essas bandeiras”, acrescentou.

Moro também acredita ser “impossível” que eventual governo do PT fortaleça o combate à corrupção no Brasil.

“É praticamente impossível, num governo do PT – e espero que isso não aconteça –, que nós tenhamos a retomada do combate à corrupção. Para isso, a gente precisaria ter o reconhecimento pelo PT da roubalheira que houve na Petrobras e na época do mensalão. Se você não está disposto a reconhecer os erros do passado, como é que você vai superá-los?”, questionou Moro na entrevista à Jovem Pan.

O ex-juiz afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “nunca deu uma explicação coerente sobre a história do triplex, sobre o sítio de Atibaia e a relação dele com empreiteiras”, e que o PT “deveria reconhecer a roubalheira que ocorreu no governo dele”.

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