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Moro rebate PGR por pedido de prisão e nega ter feito acusação a Gilmar

Nesta segunda (17/4), a PGR pediu a prisão de Moro ao STF. Em vídeo, o senador fala sobre “comprar habeas corpus” de Gilmar Mendes

atualizado

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1 de 1 moro-coletiva - Foto: Reprodução

O senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) se manifestou sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) em é solicitada sua prisão após a divulgação de um vídeo em que ele fala em “comprar habeas corpus” do ministro Gilmar Mendes. As imagens viralizaram nas redes sociais na última sexta-feira (14/4).

Segundo Moro, as suas falas foram tiradas de contexto e não há “acusações intencionais” contra o ministro da Suprema Corte e imputou ao governo federal a denúncia:

“Me preocupo, dentro desse mesmo contexto, que o governo federal busque cercear a liberdade de expressão. É claro que ela não abrange ofensas, é claro que ela não abrange ameaças, mas, claramente, naqueles fragmentos manipulados, não há nenhuma acusação contra o ministro Gilmar Mendes, não há nenhuma ofensa intencional ao ministro. O que existe são falas descontextualizados e divulgadas em fragmentos, para falsamente me colocar como alguém contrário ao Supremo Tribunal Federal e ao próprio ministro. O que nunca fui”, rebateu.

A denúncia foi encaminhada nesta segunda-feira (17/4). Nas imagens, Moro aparece sorrindo e falando em “comprar um habeas corpus do (ministro do Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes”. No documento, a vice-procuradora Lindôra Maria Araujo afirmou que Moro estava “ciente da inveracidade de suas palavras” e pediu que senador seja condenado à prisão.

Em coletiva, o ex-juiz também ressaltou que sempre fez “críticas respeitosas” ao STF.

“Sempre quando falei do Supremo, critiquei o Supremo respeitosamente. Elogiei o papel que o Supremo teve no passado, no combate à corrupção, e lamento que o procurador-geral da República veja com tanta facilidade a possibilidade de denunciar um senador da República e pedir sua prisão. Não creio que esse seja o Brasil que nós queremos”, disse.

Moro é acusado de calúnia e a PGR ainda defende que, caso a pena seja superior a quatro anos de prisão, ele perca o mandato de senador federal, “conforme estabelecido pelo Código Penal”. O senador foi denunciado por “atribuir falsamente a prática do crime de corrupção passiva” ao ministro Gilmar Mendes.

A PGR deu 15 dias para o parlamentar apresentar resposta preliminar à acusação. Após sorteio, a Suprema Corte definiu que a ministra Cármen Lúcia será a relatora do caso.

Entenda o caso

Na última sexta-feira (14/4), o senador Sergio Moro foi flagrado em vídeo no qual, em tom de demboche, dizia que iria “comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes“.

“Não, isso é fiança. Instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”, destaca, no vídeo, em resposta a uma voz feminina.

Veja:

 

Em nota ao Metrópoles, a assessoria do senador afirmou que a fala foi tirada de contexto e que “não contém nenhuma acusação contra ninguém”.

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