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Moro provoca Zanin, que reage: “Não fui padrinho de casamento do presidente”; veja

Indicado ao STF por Lula, Zanin rebateu fake news citada por Moro em sabatina na CCJ do Senado

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1 de 1 foto colorida do senador Sérgio Moro - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O advogado Cristiano Zanin, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu pergunta do senador Sergio Moro (União-PR) e negou que tenha sido padrinho de casamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Moro sugeriu que Zanin teria sido convidado pelo petista e pela primeira-dama Janja Lula da Silva. De acordo com o parlamentar, a informação estava disponível em um canal da internet.

O apontamento foi feito por Moro durante sabatina do advogado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que ocorre nesta quarta-feira (21/6). Enquanto fazia uma série de questionamentos sobre a ligação pessoal de Zanin com Lula, Moro insinuou a presença do sabatinado na cerimônia de matrimônio do chefe do Planalto.

“Vi na internet, não sei se é procedente ou não essa afirmação”, argumentou o senador. “Se não for, peço até minhas escusas, mas é importante pra nós, aqui do Senado, termos presente essa relação.”

Diante da acusação, Zanin rebateu que estabeleceu uma relação próxima com o presidente “ao longo do tempo”, na posição de advogado pessoal. No entanto, negou ser padrinho de casamento do petista.

Veja:

Operação Lava Jato

Ao longo do tempo de fala, Moro questionou o sabatinado sobre a atuação dele na defesa durante a Operação Lava Jato. Zanin defendeu Lula enquanto acusado pela investigação, da qual Moro atuou como juiz.

Em fala inicial, Moro questionou a proximidade de Zanin e Lula e afirmou não se tratar de questão “pessoal”.

“Não existe nenhuma questão pessoal, respeito o seu trabalho, assim com fiz o meu trabalho como juiz, profissional. Existe uma preocupação em relação a Vossa Excelência pela aproximação com o presidente da República, pelo fato de que o STF tem de ser independente”, disse o parlamentar.

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Zanin em sabatina na CCJ do Senado

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Zanin afirmou que saberá distinguir o papel entre advogado do presidente e ministro do STF.

“Sei a distinção dos papéis entre um advogado e um ministro do Supremo Tribunal Federal, se aprovado por este Senado. Saibam, senhoras senadoras, senhores senadores, que na verdade eu não vou mudar de lado, pois meu lado sempre foi o mesmo: o lado da Constituição, das garantias, amplo direito de defesa e do devido processo legal”, alegou o indicado.

Sabatina

Na CCJ, a sabatina é dividida em três partes.

1ª – O indicado tem 30 minutos para se apresentar;

2ª – Cada senador tem 10 minutos para fazer perguntas ao indicado, que vai dispor do mesmo prazo para resposta, com direito a réplica e tréplica. A depender do número de inscritos para questionar Zanin, a sabatina pode durar horas. A sessão da CCJ que aprovou o último ministro para a Corte, André Mendonça, durou oito horas, por exemplo;

3ª – Em seguida, o parecer é votado na comissão e, depois, segue para o plenário.

Para ter o nome aprovado, Zanin precisará do apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores.

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