Moro: PF não admitirá obstrução na investigação do caso Marielle
Ministro da Justiça afirma esperar que a prisão de suspeitos represente “mais um passo para a elucidação completa do caso”
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, declarou, nesta terça-feira (12/3), que a Polícia Federal continuará contribuindo “com todos os meios necessários” contra as tentativas de obstrução às investigações relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março do ano passado.
Na manhã desta terça, o policial militar reformado Ronie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz foram presos e denunciados por homicídio qualificado pelas mortes de Marielle e Anderson, e por tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, uma das assessoras da ex-vereadora, que também estava no carro emboscado no Rio.
A investigação, agora, se concentra sobre os mandantes.
O ex-juiz da Lava Jato afirmou esperar que a prisão dos dois suspeitos acusados do crime represente “mais um passo para a elucidação completa” do caso.
“Sobre o caso Marielle Franco e Anderson Gomes, o Ministério da Justiça e Segurança Pública espera que as prisões e buscas realizadas na presente data representem mais um passo para a elucidação completa deste grave crime e para que todos os responsáveis sejam levados à Justiça”, afirma.
“A Polícia Federal tem contribuído e continuará contribuindo com todos os meios necessários para as investigações do crime e das tentativas de obstrui-las.”
A prisão de Lessa e Queiroz é resultado da Operação Lume, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público, e pela Polícia Civil do Rio. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços ligados aos policiais, onde foram encontrados documentos, celulares, computadores, armas e munições.