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Moro manda tropas para Manaus. Mortos chegam a 55

Após massacre em penitenciária, nove líderes da facção criminosa Família do Norte (FDN) serão transferidos de Manaus

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Sergio Moro
1 de 1 Sergio Moro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após briga de facção que deixou 55 mortos em quatro presídios de Manaus em menos de 48 horas, nove líderes da facção criminosa Família do Norte (FDN) serão transferidos para presídios federais de segurança máxima ainda esta semana. A transferência foi anunciada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e confirmado pelo governador do estado, Wilson Lima (PSV). Segundo ele, o número pode chegar a 20.

Nessa segunda-feira (27/05/2019), o ministro da Justiça, Sérgio Moro, confirmou o envio de tropas da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para reforçar a estrutura de segurança do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, no Amazonas, que registrou 15 mortes nesse domingo (26/05/2019) e mais 42 óbitos, na segunda, em outras unidades prisionais. O pedido foi feito por Wilson Lima.

“Estamos fazendo um trabalho de investigação e é possível que haja mais de 20 líderes nesse grupo criminoso. Já conseguimos a identificação de nove, que estão confirmados e devem ser transferidos ainda esta semana”, disse Lima em entrevista à Rádio CBN.

Segundo Lima, 200 presos foram retirados das celas e isolados para que mais mortes sejam evitadas. “Conversei ontem (segunda-feira) com Moro, que está encaminhando uma força-tarefa ao Amazonas. Já tem uma equipe precursora aqui. Vinte homens devem chegar nesta terça (28/05/2019). Até o fim da semana a expectativa é que 100 homens estejam aqui”, afirmou o governador.

Massacre
As execuções ocorrem em meio a uma disputa entre os líderes da facção José Roberto Barbosa, o Zé Roberto da Compensa, e João Pinto Carioca, o João Branco, pelo comando do grupo. Ambos estão em presídios federais. O Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou tropas de reforço.

Até o momento, 57 mortes foram confirmadas em apenas dois dias. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), foram constatadas mortes no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).

Briga
No domingo (26/05/2019), uma confusão entre detentos do Compaj envolveu presos dos pavilhões 3 e 5 da unidade prisional, segundo informou o governo. A rebelião acabou com 15 presidiários mortos – a maioria por asfixia.

Em 2017, na mesma unidade, uma rebelião resultou na morte de 56 pessoas. O Metrópoles produziu um especial sobre os massacres em presídios ocorridos naquele ano (acesse-o aqui). No entanto, segundo o governador do Amazonas, a situação nos presídios de Manaus se diferencia dos episódios ocorridos em 2017.

“Este ano aconteceu algo atípico, que nunca havia acontecido no estado do Amazonas, que foi o ataque dos internos que aconteceu durante visita de familiares. Alguns parentes chegaram a ver os presos morrendo”, disse. No caso de 2017, Lima relembrou que agentes penitenciários foram feitos reféns. Com informações da Agência Estado.

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