Moro defende Lava Jato após decisão de Toffoli: “Dentro da lei”
Manifestação de Moro nas redes sociais foi divulgada após o ministro Dias Toffoli, do STF, anular provas da Lava Jato
atualizado
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O senador Sergio Moro (União-PR) afirmou, nesta quarta-feira (6/9), que o trabalho da operação Lava Jato ocorreu “dentro da lei”. A manifestação foi publicada nas redes sociais do parlamentar após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anular provas do caso.
Moro atuou como juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba na época das investigações, que culminaram na prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Moro defendeu as investigações no âmbito da Lava Jato e afirmou que a corrupção nos governos do Partido dos Trabalhadores foi “real”.
“A corrupção nos governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras. Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores”, escreveu no Twitter.
O senador também afirmou que a operação foi apoiada pelo povo brasileiro. Moro disse respeitar as instiuições, mas pontuou que seguirá lutando “pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia”.
“Os brasileiros viram, apoiaram e conhecem a verdade. Respeitamos as instituições e toda a nossa ação foi legal. Lutaremos, no Senado, pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia. Sempre!”, concluiu.
Decisão de Toffoli
Documento obtido pelo Metrópoles diz que a determinação de Toffoli ocorreu por um um pedido da defesa do presidente Lula. Além disso, aponta que a Polícia Federal (PF) compartilhe as mensagens hackeadas da Operação Spoofing em até 10 dias.
Com a decisão, a 13ª Vara Federal de Curitiba e o Ministério Público Federal do Paraná têm 10 dias para compartilhar todo o conteúdo relacionado ao Acordo de Leniência da Odebrecht com a defesa de Lula. Caso não o façam, a pena é de cometimento do crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal.
O acordo anulado por Toffoli havia feito a empreiteira pagar ao Ministério Público Federal (MPF), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América (EUA) e procuradoria-geral da Suíça o valor de R$ 3,8 bilhões