Moro critica governo por denúncia contra Israel: “Cartilha petista”
Moro criticou apoio do Brasil à denúncia contra Israel na Corte de Haia. Acusação de genocídio foi apresentada pel África do Sul
atualizado
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Em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira (12/1), Serio Moro (União-PR) afirmou que a diplomacia presidencial brasileira é “dominada pela cartilha ideológica petista”. A mensagem faz referência ao apoio do Brasil à acusação de genocídio feita pela África do Sul contra Israel na Corte de Haia.
Na denúncia apresentada à Corte Internacional de Justiça, o governo sul-africano alega supostas “violações por parte de Israel de suas obrigações segundo a Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio em relação aos palestinos na Faixa de Gaza”.
O apoio do Brasil à denúncia foi anunciado oficialmente na quarta-feira (10/1). Em nota, o Itamaraty afirmou que existem “flagrantes violações ao direito internacional humanitário” por parte de Israel.
Nesta sexta, Moro criticou países da América Latina que declararam apoio oficial à acusação. “Nicarágua, Venezuela, Colômbia (de Petro), Bolívia (que mantém presos políticos) e Brasil. Circunstancialmente, incômodas companhias”, escreveu.
” A diplomacia presidencial brasileira segue dominada pela cartilha ideológica petista”, concluiu Sergio Moro.
Apoio de governo brasileiro
O apoio de Lula ocorreu no mesmo dia em que o presidente se reuniu com o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Alzeben. Foi o segundo encontro entre o presidente e o representante diplomático palestino.
“O governo brasileiro reitera a defesa da solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como capital”, finaliza a nota divulgada pelo Itamaraty.
Israel argumenta que a alegação é infundada. O Ministério dos Assuntos Estrangeiros argumentou que a África do Sul promove uma “vil exploração e barateamento” da Corte, e acusa o país africano de apoiar o Hamas.