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Moro cita Lula, PL e PCC para justificar sigilo do voto em Dino

Senador Sergio Moro (União-PR) foi alvo de críticas após ser fotografado conversando com Dino e não ter divulgado o voto na sabatina

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Pedro França/Agência Senado
imagem colorida mostra sergio moro e flavio dino durante a sabatina para vaga no STF -- Metrópoles
1 de 1 imagem colorida mostra sergio moro e flavio dino durante a sabatina para vaga no STF -- Metrópoles - Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador Sergio Moro (União-PR) se pronunciou na tarde desta quinta-feira (14/12) depois de ser alvo de ataques por não divulgar seu voto na sabatina de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele reiterou ser oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O intenso ataque que tenho sofrido do atual governo Lula, de parte do próprio PL paranaense, além das ameaças do PCC, fazem-me agir, nesse momento, com cautela e no exercício efetivo de uma prerrogativa que tenho, tudo de forma a preservar minha independência”, argumentou Moro.

“Nada disso, porém, contradiz a minha lisura e as bandeiras que sempre defendi e continuarei defendendo no Senado. Nessa linha, hoje, com meu voto, derrotamos o Governo e restabelecemos a desoneração da folha de salários e o Marco Temporal, além de termos conseguido derrubar outros vetos de Lula”, finalizou o senador.

Moro foi criticado por aparecer em fotos conversando com Dino durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O atual ministro da Justiça e Segurança Pública foi aprovado com 17 votos favoráveis e 10 contrários.

O ex-juiz teve mensagens divulgadas durante a sabatina, trocadas com alguém de codinome “Mestrão”, em que era alertado sobre a pressão nas redes sociais e aconselhado a não postar vídeo declarando voto a favor de Flávio Dino. A mensagem dizia que “o coro está comendo nas redes” e orientava Moro a “ficar frio”.

O Mestrão é Rafael Travassos Magalhães, assessor parlamentar de Sergio Moro e citado em inquérito que apura a prática de rachadinha relacionada ao deputado estadual Ricardo Arruda, do PL paranaense, de quem Moro contratou alguns funcionários.

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