Moro afirma que vaias em aeroporto “provavelmente foram pagas”
O ex-ministro da Justiça ainda criticou a reeleição para cargos executivos e a polarização no país
atualizado
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O pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro (Podemos) se pronunciou, nesta sexta-feira (7/1), sobre as vaias recebidas ao desembarcar em João Pessoa na quinta-feira (6/1). O ex-ministro da Justiça visita a Paraíba como parte de um giro pelo Nordeste.
De acordo com ele, em entrevista à Rádio Jornal, as vaias que ouviu foram de “uma ou duas pessoas que provavelmente foram pagas”. “Nesses tempos de internet, pega duas pessoas, que provavelmente foram pagas, e faz uma gritaria”, disse.
Moro ainda afirmou que o foi “um episódio pequeniníssimo” e que uma “multidão favorável” também estava no local. Segundo ele, “as pessoas têm direito a ter sua opinião”.
Veja o momento das vaias:
Sergio Moro desembarca em João Pessoa e é hostilizado.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, Moro é chamado de “juiz ladrão” e “traíra”. Ele cumpre agenda na Paraíba até sábado (8/1). (via: @Portal_T5)
Leia: https://t.co/i39sfZrbx4 pic.twitter.com/IMk9PeEfru
— Metrópoles (@Metropoles) January 6, 2022
Ele relatou que tem sido bem recebido no estado. “Aonde eu estou indo aqui em João Pessoa, as pessoas pedem para tirar fotos e cumprimentam pelo trabalho. A receptividade tem sido grande”, conta.
Esta, entretanto, não é a primeira vez que Sergio Moro desembarca com protestos: em novembro de 2020, o pré-candidato foi recebido com suco de laranja por manifestantes do Sindilegis e do Sindjus-DF no aeroporto de Brasília.
Reeleição e polarização
O ex-ministro defendeu o fim da reeleição para presidente da República no Brasil, uma vez que, de acordo com ele, o modelo “não funcionou”.
“A gente vê muitas vezes alguém eleito para o cargo esquecer, desde os primeiros dias, que ela chegou lá para servir às pessoas e não para servir a si mesmo. Isso tem que mudar”, declarou.
Moro afirmou que também é a favor do fim do foro privilegiado, já que trata os políticos “como alguém superior ao cidadão comum”.
Ele ainda criticou a polarização criada sobre os nomes de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ex-ministro, o país “é mais que isso”.