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Moraes vota pela condenação de mais 6 réus do 8/1; saiba quem são

Os seis réus em julgamento participavam de invasão do Palácio do Planalto no momento em que foram presos, em 8 de janeiro

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1 de 1 Foto colorida de manifestantes bolsonaristas sendo presos em atos de 8 de janeiro congresso nacional STF - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação de mais seis réus denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por atos golpistas do 8 de Janeiro.

A análise virtual iniciou à meia-noite desta sexta-feira (27/10) e vai até 7 de novembro, quando os casos podem ser concluídos, se não houver pedido de vista ou destaque. Os seis réus foram presos ou encontrados em ação de depredação no Palácio do Planalto.

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PF prende comandante da PMDF e oficiais denunciados por atos extremistas de 8/1
Durante os atos de 8 de janeiro, as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas
A CLDF aprovou projeto para transformar o 8 de Janeiro em Dia da Defesa da Democracia
Até sábado (8/7), 133 audiências de instrução foram realizadas
O STF recebeu 1.295 denúncias da PGR
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PF prende comandante da PMDF e oficiais denunciados por atos extremistas de 8/1

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Todos respondem aos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; associação criminosa armada; dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Relator dos casos no Supremo, Alexandre de Moraes propôs penas que variam de 14 a 17 anos de prisão. Em seu voto, o ministro destacou a necessidade de processamento dos cofres públicos por parte dos réus.

“A necessidade de indenização pelos danos advindos da prática dos crimes é indiscutível nos autos”, argumentou Moraes.

Em seu voto, o relator ressaltou ainda a necessidade do pagamento de R$ 30 milhões pelos golpistas e citou o “prejuízo material resultante dos atos criminosos” em R$ 25 milhões, sem contar “danos inestimáveis ao patrimônio histórico e cultural”.

Veja quem são os réus com as ações penais analisadas no plenário virtual, entre 27 de outubro e 7 de novembro:

Eduardo Zeferino Englert
O empresário Eduardo Zeferino Englert, 41 anos, é de Santa Maria (R) e foi preso, em flagrante, no dia 8 de janeiro, em Brasília, por depredar patrimônio público, no Palácio do Planalto.

O ministro Alexandre de Moraes concedeu a ele liberdade provisória, com o direito de ser julgado fora da prisão, em agosto deste ano, mediante cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira.

Ele foi denunciado pela PGR pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima, deterioração de patrimônio tombado, concurso de pessoas e concurso material.

Moraes propôs pena de 17 anos.

Rosana Maciel Gomes
Natural de Goiânia (GO), Rosana Maciel Gomes, 50, foi denunciada pela PGR por seguir com o grupo que depredou prédios na Praça dos Três Poderes até o Palácio do Planalto e praticar atos contra a democracia.

Segundo a denúncia, ela participou da invasão do prédio quando foram quebrados vidros, cadeiras, painéis, mesas, obras de arte e móveis históricos, inclusive um relógio trazido ao Brasil por D. João VI em 1808.

O grupo rasgou ainda a tela de autoria de Di Cavalcanti, destruiu carpetes e outros bens, inclusive com emprego de substância inflamável.

Rosana apresentou seu celular à Justiça de forma tardia. No aparelho, a perícia encontrou material que reforçou a conduta delitiva dela. “Constatou-se a existência de diálogos e mensagens, entre 3 de janeiro de 2023 e 9 de janeiro de 2023, com palavras e expressões de cunho político-ideológicas, golpistas e antidemocráticas”, diz laudo da polícia federal. Imagens e vídeos ainda foram encontrados no aparelho.

Moraes propôs pena de 14 anos.

Moisés dos Anjos
Morador do Leme, São Paulo, Moisés dos Anjos, 61, é acusado pelo Ministério Público de ter integrado pelo menos um dos núcleos dos executores materiais do 8 de Janeiro. Ele foi preso no interior do Palácio do Planalto.

A PGR considerou que Moisés seguiu com o grupo que ingressou no Palácio do Planalto, local fechado para o público externo no momento dos fatos, empregando violência e com o objetivo declarado de implementar um governo militar, impedir o exercício dos Poderes Constitucionais e depor o governo legitimamente constituído e que havia tomado posse em 1º de janeiro de 2023.

Moraes propôs 17 anos de pena.

Osmar Hilebrand
Morador do bairro de Santa Rita, Monte Carmelo (MG), Osmar Hilebrand, 53, foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal no interior do Palácio do Planalto, no instante em que ocorriam as depredações do prédio.

Moraes propôs pena de 14 anos.

Jorginho Cardoso Azevedo 
Morador de São Miguel do Iguaçu, no Paraná, Jorginho Cardoso de Azevedo, 62, acabou preso em flagrante pela PMDF no interior do Palácio do Planalto, no instante em que ocorriam as depredações do prédio.

Ele é apontado em relatório da Polícia Civil do DF, com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e conforme matéria publicada pelo Metrópoles, como um dos manifestantes que mais gastou com o pagamento de ônibus fretado. Jorginho contratou um ônibus no Paraná por R$ 28 mil, fazendo com que 38 passageiros chegassem a Brasília uma hora antes do início da invasão dos prédios públicos.

Jorginho acabou preso e é investigado no Inquérito nº 4.922, do STF, contra os chamados “executores materiais”. A investigação apura denúncias que abrangem os crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado.

Moraes propôs pena de 17 anos.

Fabrício de Moura Gomes
Morador de Ilhabela (SP), Fabrício de Moura Gomes, 45, foi preso pela PMDF dentro do Palácio do Planalto, no momento em que o prédio era depredado. Fabrício se manifestou durante 60 dias em frente da Marinha do Brasil, na cidade de São Sebastião (SP). Ele e um grupo de pessoas resolveram alugar um ônibus e vieram a Brasília no dia 6 de janeiro.

No dia 8, por volta das 11h, ele e quatro amigos saíram do acampamento do QG do Exército e desceram em direção à Praça dos Três Poderes. Fabrício relatou que chegou a entrar no Congresso Nacional. Em seu celular, segundo o processo, foram encontrados fotos e vídeos que demonstram que ele “não tinha a intenção de manifestar-se pacificamente, como alegou em Juízo”.

Moraes propôs pena de 17 anos.

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