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Moraes prorroga inquérito que apura interferência de Bolsonaro na PF

A denúncia investigada no âmbito do STF é do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Segundo ele, o presidente queria beneficiar aliados

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Brasília (DF), 03/10/19. Jair Messias Bolsonaro. Sérgio Moro. Lançamento do pacote anticrime do governo federal
1 de 1 Brasília (DF), 03/10/19. Jair Messias Bolsonaro. Sérgio Moro. Lançamento do pacote anticrime do governo federal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou, mais uma vez, o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro interferiu na Polícia Federal, conforme Sergio Moro afirmou ao deixar o cargo de ministro da Justiça. O último prazo dado pelo magistrado venceria no próximo dia 27. Agora a Corte dispõe de mais 90 dias para concluir a investigação.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, prorrogo por mais 90 dias, a partir do encerramento do prazo final anterior, o presente inquérito”, disse o ministro na decisão.

Desde que o hoje aposentado ministro Celso de Mello, em 11 de setembro de 2020, determinou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prestasse depoimento de forma presencial, diversos adiamentos foram realizados.

É a quarta vez que há dilatação da data marcada para o encerramento das apurações. A investigação começou em abril de 2020, após Moro acusar Bolsonaro de desrespeitar a autonomia da PF, ao cobrar a demissão do então chefe da instituição, Maurício Valeixo.

Saída do ministério

Valeixo era homem de confiança de Moro e chegou à direção da PF indicado pelo próprio ex-juiz. Quando o presidente solicitou a troca no comando da corporação, o então ministro tentou reverter a decisão, mas, sem sucesso, acabou pedindo demissão, e fez a denúncia contra o presidente.

Moro disse que Bolsonaro cobrou a troca do chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro e exonerou o então diretor-geral da corporação. O objetivo, segundo o ex-ministro, seria blindar investigações de aliados. Desde então, Moro e Bolsonaro tornaram-se desafetos.

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